quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Vídeo aula 28 - Depressão na infância e na adolescência

A depressão é mais um mal que antes concentrava-se especificamente nos adultos, mas que ano após ano vem tendo um aumento também na infância e na adolescência. Conceituando: Depressão é uma doença crônica, recorrente, muitas vezes com alta concentração de casos na mesma família, que ocorre não só em adultos, mas também em crianças e adolescentes. O que caracteriza os quadros depressivos nessas faixas etárias é o estado de espírito persistentemente irritado, tristonho ou atormentado que compromete as relações familiares, as amizades e a performance escolar. 




É fundamental que nós como escola estejamos sempre atentos aos adolescentes que suspeitamos desenvolver um quadro depressivo. Orientar não só a criança ou o adolescente mas chamar a atenção dos pais para o problema e tentar proporcionar um ambiente que favoreça e intensifique a qualidade de vida, de saúde e do bem estar dos nossos alunos.


Vídeo aula 27 - Stress e ansiedade na infância e na adolescência

Infelizmente as crianças de hoje em dia vem sofrendo de doenças e males que antes eram específicos dos adultos, e é o exemplo do stress e da ansiedade. Essa é uma consequência do nosso padrão de vida moderno, tecnológico e consumista que estimula a competição, a posse, a individualidade e enfraquece a cooperação, o trabalho em equipe, a colaboração e a solidariedade.

Tanto o stress quanto a ansiedade são reações físicas e psíquicas do nosso organismo diante de situações difíceis e conflituosas. Pode-se dizer que é um desequilíbrio e um enfraquecimento das nossas funções biológicas e neurológicas, como se nosso funcionamento ficasse embaçado quando estamos estressados ou ansiosos. Esses problemas podem ocorrer por mudanças bruscas na vidas das crianças, separação dos pais, lar conflituoso, convívio com adultos ansiosos e estressados, negligência de outros problemas, ambientes pesados e hostis. Alguns sintomas:

Sintomas psicológico do stress e da ansiedade: Ansiedade, angústia, nervosismo, preocupação em excesso. Irritação, medo, impaciência. Problemas de concentração e de memória. Desorganização, dificuldade em tomar decisões. Cometer mais erros que o habitual, esquecimentos. Sensação de perda do controle.
Sintomas físicos do stress e da ansiedade: Problemas cardíacos e gastrointestinais. Diminuição das defesas do organismo. Alergias, asma, insônia, diabetes. Tensão muscular, mãos frias e suadas. Dor de cabeça ou enxaqueca, problemas de pele.
O stress é uma resposta instável a fatores externos que provoca efeitos a curto, médio e a longo prazo e que podem até mesmo danificar o cérebro. Já a ansiedade é aquela sensação exagerada de medo, temor ou pavor que se instala diante de determinadas situações gerando sintomas como taquicardia, sensação de falta de ar e de aperto no peito, por exemplo.
A escola como instituição deve proporcionar e resgatar a saúde e a qualidade de vida dos seus alunos, além de tentar resgatar e preservar a infância das crianças, pois infelizmente atribuímos às nossas crianças responsabilidades e afazeres que não cabem à elas. É importante nos atentarmos que elas tem sim que aprender a serem responsáveis mas não podemos nos esquecer que cada um tem seu próprio tempo e ritmo. Devemos cobrar nossos alunos, mas não fazer com que eles se sintam mal com essa cobrança nem que essa cobrança seja exagerada ou importuna. O professor deve ajudar com que seus alunos busquem um equilíbrio emocional, ajudá-los a resgatar e preservar a auto-estima, deve orientá-los sobre os riscos emocionais e sociais que a agressividade e a ansiedade podem trazer. Ou seja, o professor tem que ser um mediador em prol da qualidade de vida emocional, psíquica e física de seus alunos. 


Vídeo aula 26 - Uh - batuk - erê: uma ação de comunidade



O "Uh-batuk-erê" é um grupo de percussão e dança que organizou-se na escola EMEF "Prof.ª Esmeralda Salles Pereira Ramos" na Zona Norte de São Paulo. Segundo o blog oficial do grupo:  O objetivo é desenvolver um projeto integrador que facilite a compreensão e a habilidade de lidar com a diversidade das relações sociais e culturais, tendo como protagonistas os atores que compõem o espaço-escola num processo educacional não excludente. Também, articular as comunidades escolar e do entorno, levando nossas experiências com o projeto, tornando-o referência comunitária de cultura afro-indígena brasileira. Ou seja, estabelecer diálogos com a comunidade com a finalidade de melhorar a qualidade de vida das pessoas que ali moravam. 

A necessidade em se fazer um projeto com tal finalidade era a característica da comunidade, por tratar-se de uma comunidade em que se localizava em área de risco, com ocupação dos imóveis de maioria irregular, uma comunidade portanto, carente e vulnerável tratando-se do quesito violência. Os alunos dessa escola que atendia a comunidade eram alunos sem identidade própria e sem sentimentos de pertencimento do local. Os professores e mediadores do projeto sentiram a necessidade de realizar uma ação que resgatasse nesses alunos tais sentimentos e juntamente resgatar também a auto-estima dos mesmos; para que os alunos percebessem e incorporassem uma autonomia diante da comunidade, da escola, da sociedade de modo geral. 

Sendo assim, os professores idealizadores do projeto pensaram em usar a arte como mediadora do multiculturalismo, fazendo esse resgate à cultura afro-indígena. E toda essa ação começou com encontros de formação e conversas, oficinas de dança, capoeira, percussão, canto e artesanato. Posteriormente iniciaram-se os fóruns comunitários que tratavam dos problemas e desafios sociais. Trilhas culturais e de observação eram realizadas com o intuito de conhecer e comparar com outros espaços sociais e outras vivências, além de mostrar a importância de voz ativa da comunidade. Depois de todo preparo iniciaram as apresentações primeiramente internas para a própria comunidade conhecer o projeto e depois as apresentações externas com o objetivo de fazer com que outras comunidades também os conhecessem. 

Dentre os inúmeros pontos positivos que o projeto trouxe à comunidade e a escola, estão:

- O protagonismo juvenil que se funda como característica dos alunos da escola;
- O reconhecimento da escola como centro de referência da cultura afro-indígena;
- Menções honrosas que o projeto recebeu na Prefeitura Municipal de São Paulo;
- Premiações como a do Instituto Cidadania;
- Apresentação do espetáculo "Mulheres e Divindades" na Funarte.
- O estabelecimento do diálogo entre a escola e a comunidade, por meio da ação e da emoção;
- A mudança de comportamento dos alunos, assim como as relações e o respeito difundido e presente agora na escola;
- Diminuição dos estigmas, preconceitos e desigualdades que era presentes na comunidade.

Todo o projeto teve desde o início o caráter de buscar resultados concretos e visíveis na comunidade por meio da cidadania e da arte, fazendo com que a história da comunidade fosse marcada e mudada para sempre. Com isso, o principal aprendizado que absorvemos do projeto Uh-batuk-erê é que a educação tem  responsabilidade comunitária de melhorar os aspectos e a qualidade de vida das pessoas que estão no seu entorno.

Segue um vídeo de uma excelente apresentação que o Projeto Uh batuk erê realizou na Praça na Sé, em comemoração no dia 1º de maio de 2012. Vale a pena assistir e prestigiar esse projeto que mudou e melhorou a vida de uma comunidade. Parabéns aos idealizadores!


Vídeo aula 25 - Relações com a comunidade e a potência do trabalho em rede



Bom dia à todos, falaremos hoje das relações com a comunidade e o fortalecimento do trabalho em rede. Para tal é importante iniciarmos nossa conversa falando um pouco sobre nossa realidade social. 
Vivemos uma sociedade multifacetada onde tudo é muito inconstante e efêmero. Em política costumamos dizer que o povo não tem memória, pois tudo cai no esquecimento rapidamente e políticos corruptos voltam à cena depois que as pessoas esquecem os males que ele fez. A contemporaneidade é um tempo paradoxal onde tudo é medido e mensurado: valores, ideias, opiniões, conceitos, modos de vida, grupos. A era tecnológica nos trouxe aprimoramentos incríveis mas também distanciamento de nossas relações inter-pessoais. A modernidade mudou a forma como vivemos e como enxergarmos o mundo, na minha visão particular ela melhorou nossas vidas em alguns âmbitos, mas piorou em outros. 

Enfim, vivemos um período de tensão entre o que consideramos moderno e tradicional. Vemos essa dicotomia claramente no comportamento dos jovens, uma vez que eles ficam fascinados com o comportamento dos amigos e de seus perfis sociais, enquanto vivem uma relação distante e conflituosa dentro de casa com seus familiares. Ao mesmo tempo em que queremos nos modernizar e sermos indivíduos à frente do nosso tempo, também queremos preservar algumas tradições enraizadas do nosso grupo. É nítido esse conflito entre todas essas pessoas independente de suas idades. Tanto que frequentemente vemos no quesito da moda e vestimentos (por exemplo) um resgate ao passado, um resgate ao que foi moda em outros tempos, de modelos de roupas e de corte de cabelo, o famoso vintage e o pin up. Ao meu ver é importante a observação da moda como reflexo da sociedade.

Uma outra tensão social delicada é a questão da cultura de massa versus a cultura local, que também trata-se de modernidade versus tradição. O indivíduo quer se enquadrar nos grupos reproduzindo as características dos tais, mas também não quer perder suas características e subjetividade dos grupos locais. Tudo de trata na verdade de um conflito entre a competição e a igualdade: queremos sobressair mas queremos ser iguais simultaneamente. Todos esses conflitos e tensões sutis e importantes da sociedade são relevantes quando falamos de comunidades locais. É a realidade, é o que vivemos hoje. Tudo isso porque a comunidade é uma realidade social que garante a permanência de laços estreitos e subjetivos. É onde existe uma afetividade e um sentimento de pertencer aquele local. Observamos uma reciprocidade dentro do grupo, fazendo com que ele reafirme-se como tal. 

Sendo assim a comunidade é um local privilegiado onde a cidadania deve sobressair. É o espaço ideal para que as relações humanas sejam fortalecidas em prol da coletividade e do bem estar de todos. Por esse motivo devemos ressaltar a grandeza do trabalho em rede na resolução de problemas e na preservação do que deve ser resguardado. O trabalho em equipe dentro da comunidade pode potencializar e melhorar os recursos da comunidade; fortalece a resolução dos conflitos trazendo diferentes visões e expectativas; fortalece o papel social de cada indivíduo mostrando que todos são fundamentais no grupo cada qual com sua opinião e ideia. 

E a escola DEVE estar no meio da comunidade, envolvendo-se, interagindo e buscando uma melhor qualidade de vida com todas essas pessoas, mesmo com todos os conflitos e tensões sociais. A escola é um mecanismo da sociedade, um caminho para que a cidadania seja iniciada e preservada. Um local de aprendizagem de conteúdos, mas também de estreitamento de laços sociais, preservação da subjetividade individual, e do fortalecimento do trabalho em equipe.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Vídeo aula 24 - Mídia e comportamento



A mídia é a principal influência do comportamento das crianças e dos adolescente atualmente. Ela é a responsável pela maioria das informações e dos valores que os jovens recebem pois ela é um instrumento universal e de alcance de todos os indivíduos. Infelizmente, nem sempre a mídia passa bons valores. Quando falamos de mídia falamos de todos os instrumentos que repassam informações e interatividade: televisão, internet, jornais, revistas, gibis, livros, música, cinema, videogame entre outros, ou seja vivemos numa sociedade multimídia.

A importância da mídia é que ele retrata modelos de conduta e exemplos para as pessoas de modo geral, mas principalmente para as crianças e adolescentes que estão em fase de desenvolvimento psicossocial, afetivo, psicomotor e cognitivo. As crianças e jovens estão no seu período de socialização que é um processo em que o indivíduo interioriza valores, atitudes, crenças e normas de conduta do seu grupo social ou do grupo social que ele ter pertencer, e incorpora tudo isso à sua personalidade. É uma fase de vulnerabilidade e de transição de personalidade, eles estão deixando de ser criança para começarem lentamente a tornarem-se adultos, portanto qualquer estímulo e influência que eles recebam pode tomar proporções bem grandes e profundas, uma vez que procuramos nos moldar e nos espelhar nas nossas referências e modelos. Não podemos generalizar e colocar a mídia como grande vilã da sociedade. Uma criança que copia o que assiste na televisão, certamente tem aí uma ausência ou negligência dos pais e da família, pois estes sim são os principais reflexos e referências.

Sendo assim, quais os impactos negativos da mídia em relação às crianças e aos adolescentes? A divulgação e o uso da violência é um exemplo. Filmes, novelas, gibis e programas infantis tem sempre alguma cena de violência onde geralmente o herói precisa usar de ações violentas para resolver algum problema, ou seja, essa violência torna-se justificada. A criança vai achar que ela também pode resolver seus problemas pela violência. A sexualidade exacerbada e banalizada também é um impacto negativo, pois as crianças tem acesso a algumas cenas e informações muito precocemente. Crianças que passam muito tempo em frente da televisão ou do computador ou do vídeo game também podem apresentar um atraso no desenvolvimento neuro-psicomotor, psicossocial, afetivo e físico. O contato com outras crianças está cada vez mais raro e é feito às vezes só na escola o que dificulta que essa criança saiba se relacionar, interagir, brincar, e dificulta que ela aprenda a lidar com sentimentos reais como a frustração, a tristeza, a alegria, a amizade, o companheirismo, a preocupação com o outro, a assistência. A mídia e seus instrumentos estão agindo como substitutos de outras atividades essenciais pra nossa vida social. Além dos impactos negativos de caráter físico como o sedentarismo, transtornos alimentares, propensão a doenças como a depressão e a ansiedade.  

Falando agora especificamente da internet, nós adultos temos que ter um cuidado redobrado com as crianças que usam e que tem perfis em redes sociais. A internet é uma importante ferramenta do mundo moderno e tecnológico, mas ela também é universal e tem uma infinidade de informações e conteúdos bons e ruins. Temos que nos atentar ao quê essa criança acessa, aos sites, aos jogos, aos amigos que ela interage virtualmente pois infelizmente temos aí a pedofilia, a pornografia infantil e o cyberbullying como problemas  sérios e preocupantes. Os pais devem saber o que seus filhos estão acessando e que tipo de informações pessoais eles estão fornecendo pela internet. Nós como escola temos também o dever de informar e orientar nossos alunos sobre os perigos da mídia e seus impactos negativos.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Vídeo aula 23 - Uso de substâncias psicoativas

Olá, bom dia à todos, falaremos hoje de um assunto complexo e delicado que é o uso de substâncias psicoativas. Primeiramente, vamos conceituar: substâncias psicoativas são substâncias que agem no sistema nervoso central e produzem alterações de percepção, de sentimentos, de sensações e que são percebidas como prazerosas pelos que usam. Habitualmente, chamamo-as de drogas lícitas e ilícitas. Dentre as lícitas estão o cigarro e o álcool e dentre as ilícitas estão o crack, a maconha, a cocaína, a heroína. Os motivos que as pessoas buscam as drogas são dos mais variados, seja pela felicidade instantânea, seja para ficar mais alegres e desinibidos, seja para esquecer os problemas que perturbam a mente, seja para diminuir a ansiedade ou a até mesmo para diminuir a depressão.



É importante nós educadores termos informações relevantes e sérios sobre o assunto porque infelizmente ele está presente na realidade escolar, tanto na rede pública quanto na rede privada. Antigamente o problema das drogas era um problema que tinha mais frequência entre as classes mais pobres, mas hoje observamos que é um problema da sociedade no geral. O uso das drogas é altamente perigoso para a saúde psíquica da pessoa, trazendo uma grande desorganização no funcionamento cerebral e fazendo com que as pessoas se tornem dependentes. Além das consequências físicas, biológicas e neurológicas, temos também as consequências sociais individuais onde a pessoa tem dificuldade de se relacionar, tem dificuldade em manter sua rotina saudável, cria problemas com os amigos e familiares, torna-se algumas vezes a pessoa agressiva e intolerante à ajuda. Além do usuário estar sempre propenso à causar acidentes de trânsito, acidentes domésticos, e acidentes das mais diversas ordens. 

A questão que tem preocupado a sociedade de modo geral é que apesar das informações, o consumo e a dependência tem aumentado muito, além de ter diminuído a idade em que as pessoas estão usando droga. A droga já é uma substância altamente destruidora em indivíduos adultos, mas nas crianças e nos adolescentes os efeitos e os danos são piores e mais graves. Portanto o papel dos pais e da família é muito importante e fundamental pois os mais velhos são sempre espelhos e referências para os mais novos. O adolescente segue o padrão de vida dos pais, se os pais bebem ele provavelmente vai beber, se os pais tem vícios ele provavelmente também os terá.

Mas, o que mais me intriga ao falarmos sobre drogas é o papel da sociedade diante desse problema. Por que buscar uma felicidade química e superficial? Qual o padrão de vida saudável? Por que as pessoas procuram tanto por prazer e alegria numa substância que é auto-destruidora? O que a sociedade está fazendo para combater o problema? É nítido que nosso padrão social consumista, moderno e tecnológico também é um agravante uma vez que ele alterou os relacionamentos e aumentou a distância entre as pessoas. O consumismo não é saudável para nossa vida social, para nossa saúde física e psíquica. Temos que buscar um equilíbrio em prol do bem estar. 

A escola tem um papel fundamental na sociedade, portanto nos problemas sociais também. É essencial que ela oriente e informe as crianças e os adolescentes sobre os riscos das substâncias psicoativas. É importante que se faça um trabalho sério e comprometido em fazer com que esse problema se distancie da realidade das crianças. Claro que não é um papel para a escola, somente, mas para toda a sociedade. Porém, o problema das drogas, do tráfico, da dependência é um problema muito sério que envolve política, instituições, corrupção, família. Todos os setores e fatores sociais tem sua responsabilidade nesse problema e todos devem combatê-lo juntos. 


sábado, 5 de janeiro de 2013

Vídeo aula 22: Lazer, juventude e esporte

Essa aula vem nos falar sobre a relação lazer, juventude e esporte. Essa é uma tríade que está totalmente interligada e que motiva uma a outra.
Como vimos anteriormente, o lazer são atividades que realizamos no nosso tempo livre para descanso, descontração e divertimento e que seguem nossos interesses subjetivos. Já vimos também que a adolescência é um período de transição da infância para a vida adulta onde ocorrem mudanças no nosso comportamento que muitas vezes levaremos para nossa vida adulta, ou seja, é uma fase bastante conturbada. Sendo a adolescência uma fase de tanta atribulação é até natural que nesse período os jovens busquem atividades de lazer que traga-lhes sentimentos de aventura e desafio. São os chamados esportes radicais. Esses esportes podem ser aéreos (paraquedismo, voo livre, balonismo), podem ser aquáticos (rafting, surf, wakeboard) e podem ter terrestres (caminhada, corrida, bike, off road). O que atrai os jovens nessas modalidades esportísticas são o perigo, a improbabilidade, o desafio, a novidade, a descoberta, e a exploração. Sensações que vem de encontro com a explosão de energia da juventude. 





As "tribos" e grupos também são importantes na juventude. Geralmente procuramos nosso espaço no meio das pessoas que mais nos identificamos dentre os nossos interesses. As "tribos" tem seus espaços físicos de encontro, sua própria linguagem e gírias, seu modo de vestir e suas músicas específicas.




Outro caráter importante sobre o lazer e a juventude é o papel da mídia e dos veículos de informação. Apesar dos esportes radicais serem bastante procurados pelos jovens, a televisão e a internet ainda lideram o ranking das atividades de lazer. A mídia influencia muito o padrão de vida das pessoas, e reproduzimos tudo aquilo que nos passam.

É importante a escola trazer e tentar conquistar todos esses elementos e características da juventude. Trazer  e adaptar os esportes de aventura pra dentro da escola, incentivar os jovens e as crianças a passaram menos tempo na frente nas televisões e computadores e mais tempo gastando energia, correndo, brincando. É papel da escola incentivar e tentar proporcionar um modo de vida mais saudável para nossas crianças.

Vídeo aula 21 - Lazer, cultura e elementos comunitários.

Quando falamos de educação comunitária, é fundamental analisar e conhecer a realidade e as dificuldades da comunidade. Não basta teorizar, mas viver a educação comunitária de forma íntegra e efetiva. E, ao falar em comunidade é essencial falarmos sobre os elementos de lazer que aquela comunidade disponibiliza. 

O lazer é importantíssimo na comunidade pois é um momento de descontração, diversão, descanso e desenvolvimento daquelas pessoas. O lazer é uma atividade subjetiva, ou seja, os meus interesses por lazer não são os mesmos do que o seu. Podemos dizer que o momento do lazer é tão fundamental que deveria ser uma questão de saúde pública, pois numa sociedade globalizada, moderna e tecnológica, algumas pessoas se esquecem de dedicar parte do seu dia ou da sua semana a uma atividade que traga prazer e descontração. 

Conceituando o lazer segundo o autor Jofre Dumazedier: "é um conjunto de ocupações às quais o indivíduo pode entregar-se de livre vontade, seja para repousar, seja para divertir-se, recrear-se e entreter-se ou ainda para desenvolver sua formação desinteressada, sua participação social voluntária ou sua livre capacidade criadora, após livrar-se ou desembaraçar-se das obrigações profissionais, familiares e sociais."

Ou seja, para configurar um lazer, a pessoa tem que dedicar um tempo livre de suas obrigações, tem que realizar efetivamente uma atividade e tem que estar num estado da mente que possibilidade o descanso e o desligamento da rotina e do estresse diário. Ainda, o lazer tem três dimensões fundamentais: o descanso, o divertimento e o desenvolvimento.

O lazer quem algumas características específicas que vai conquistar as pessoas conforme seus interesses. Seguem as características:

- Interesses artísticos: museu, teatro, cinema, televisão.
- Interesses intelectuais: cursos, leitura, jogo de xadrez.
- Interesses manuais: artesanato, jardinagem.
- Interesses sociais: festas, bailes, bares.
- Interesses físicos esportivos: ginástica, musculação, futebol.
- Interesses turísticos: passeios e viagens.

Uma pessoa pode ter todas as características de interesses de lazer, como pode ter apenas um interesse. É subjetivo. A comunidade quem te disponibilizar elementos culturais e espaços para o lazer das pessoas. É importante que se preserve e que se construa esses espaços, devido principalmente ao nosso modo de vida intenso e atribulado e aos poucos momentos que temos livres para o lazer. A cidade tem obrigação de oferecer aos munícipes tais espaços. Existem os equipamentos de lazer não específicos, que são aqueles que não foram construídos com tal finalidade mas acabam eventualmente sendo usados para tal, como por exemplo a rua e até mesmo a escola desde que seja usada fora do seu horário de funcionamento. E existem os equipamentos específicos de lazer, que são aqueles construídos exatamente para esta finalidade. Dentre esses espaços construídos para o lazer temos os micros equipamentos de lazer, que são lugares destinados à uma atividade cultural e de lazer específica como a biblioteca por exemplo. Temos os equipamentos médios e polivalentes de lazer, que são lugares que oferecem mais de um tipo de atividade de lazer como os clubes de campo. E temos também os equipamentos macro e polivalentes, que são locais que agregam todo tipo de interesse e atividade cultural e de lazer, como resorts e hotéis.

Outra característica fundamental do lazer é que ele tem que ser democrático dentro da comunidade. Deve atender aos interesses e desejos daquelas pessoas com profissionais que auxiliem na manutenção e na animação do local.  

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Vídeo aula 20 - Bullying



O bullying é um fenômeno mundial que infelizmente tem dificultado a convivência escolar. É um comportamento agressivo entre estudantes, atos repetitivos sem motivação evidente e realizados contra um estudante. São atos físicos, verbal ou moral.
O alvo costuma ser uma criança com baixa autoestima e retraída tanto na escola quanto no lar.  

Além dos traços psicológicos, os alvos desse tipo de violência costumam apresentar particularidades físicas. As agressões podem ainda abordar aspectos culturais, étnicos e religiosos.
O aluno que sofre bullying, principalmente quando não pede ajuda, enfrenta medo e vergonha de ir à escola. Pode querer abandonar os estudos, não se achar bom para integrar o grupo e apresentar baixo rendimento.
Uma pesquisa da Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e Adolescência (Abrapia) revela que 41,6% das vítimas nunca procuraram ajuda ou falaram sobre o problema, nem mesmo com os colegas. 

Ao surgir uma situação em sala, a intervenção deve ser imediata. 
O professor pode identificar os atores do bullying: autores, espectadores e alvos. Claro que existem as brincadeiras entre colegas no ambiente escolar. Mas é necessário distinguir o limiar entre uma piada aceitável e uma agressão. 

Veja os conselhos dos especialistas Cléo Fante e José Augusto Pedra, autores do livro Bullying Escolar :
- Incentivar a solidariedade, a generosidade e o respeito às diferenças por meio de conversas, campanhas de incentivo à paz e à tolerância, trabalhos didáticos, como atividades de cooperação e interpretação de diferentes papéis em um conflito;
- Desenvolver em sala de aula um ambiente favorável à comunicação entre alunos;
- Quando um estudante reclamar de algo ou denunciar o bullying, procurar imediatamente a direção da escola.

Mesmo virtual, o cyberbulling precisa receber o mesmo cuidado preventivo do bullying e a dimensão dos seus efeitos deve sempre ser abordada para se evitar a agressão na internet. 
Trabalhar com a ideia de que nem sempre se consegue tirar do ar aquilo que foi para a rede dá à turma a noção de como as piadas ou as provocações não são inofensivas.
Caso o bullying ocorra, é preciso deixar evidente para crianças e adolescentes que eles podem confiar nos adultos que os cercam para contar sobre os casos sem medo de represálias, como a proibição de redes sociais ou celulares, uma vez que terão a certeza de que vão encontrar ajuda.



Vídeo aula 19 - Violência na escola

Infelizmente, esse é um tema que sempre temos que conversar e debater por ser um tema recorrente dentro da escola: a violência escolar. 
Ela está associado a diversos fatores e agravantes como por exemplo: problemas psicológicos, comportamentais e familiares vividos pelos alunos. Se conhecermos a realidade dos alunos, em alguns casos, fica nítido os motivos pelos quais esse aluno é violento. Ocorre que as crianças reproduzem aquilo que elas veem, aquilo que as pessoas que elas tem como referência em sua vida fazem, as crianças se espelham nos adultos em sua volta. E ela ela viver num ambiente hostil e violento, certamente, ela reproduzirá esse comportamento. 
Nos alunos do ensino fundamental II, percebemos que a violência e a agressividade aumentam pois eles estão começando a entrar na adolescência, que é (ou foi) um período bem conturbado e complexo na vida de cada um de nós. Na adolescência ocorre a mudança da infância pra idade adulta, então é uma época em que os indivíduos estão tomando a forma do adulto que eles serão (psicologicamente, socialmente) e suas experiências são fundamentais para dizer como ele será. Devido a essa transição psicológica, biológica e comportamental, os adolescente ficam mais vulneráveis ao abuso de substâncias nocivas, sofrem com problemas de internalização e de externalização e também aos desvios de conduta. Devemos nos atentar para aqueles alunos que se mostram agressivos, desobedientes, anti-sociais para ver se é um comportamento típico juvenil ou se as situações tem passado do limite. 
Para tal a escola deve tentar se aproximar dos alunos, trazendo informação e orientação e tentando mostrar-lhes o caminho da ética, do bom senso, dos valores morais e do respeito ao próximo.

Abaixo um vídeo bem interessante sobre Projeto Fórum de Combate à Violência que foi desenvolvido na  Escola Helena Kolody de Colombo/PR. Assistam:


Vídeo aula 18 - A valorização da cultura corporal da comunidade no currículo escola

A cultura corporal é toda produção cultural simbólica que envolve práticas corporais. Todas os grupos e sociedades tem cultura corporal e é interessante abordarmos e ressaltarmos na escola tais culturas corporais. É uma forma de ensinar o multiculturalismo para os nosso alunos pois é uma manifestação cultural. As práticas corporais podem ser: brincadeiras, danças, lutas, ginásticas, esportes entre outras. E por que é interessante inserir as culturas corporais no currículo escolar?

- Para enraizar e valorizar identidades, grupos, sociedades.
É interessante que as crianças saibam quais as culturas corporais da sua comunidade, as atividades corporais que fazem parte da história do grupo em que elas são inseridas;

- Para que haja uma justiça curricular.
É essencial que os alunos aprendam as atividades corporais da sua comunidade, mas também é importante que elas aprendem atividades corporais de outros grupos e sociedades para que haja um enriquecimento cultural por parte desses alunos;

- Para evitar o daltonismo cultural.
O daltonismo cultural acontece quando alguns alunos são excluídos de brincadeiras e atividades corporais. O multiculturalismo propõem que todos participem, todos aprendam, todos sejam inseridos nas atividades, ou seja, as atividades tem que englobar toda os alunos;

- Para que haja uma ancoragem social dos conteúdos.
Através do ensinamento e da valorização da cultura corporal, inserimos no cotidiano do aluno outras realidades sociais enriquecedoras.

Mas as atividades que podem ser abordadas na escola devem ter todo um planejamento e um estudo para que a atividade não se limite a apenas atividade corporal. É indispensável que o professor mapeie as atividades corporais da comunidade, ressignifique e dê sentido à essa atividade, aprofunde as raízes da história da atividade e amplie os conhecimentos à cerca da cultura corporal.
Para ilustrar a cultura corporal, aqui vão algumas fotos para ilustrar e exemplificar:

Dança


Hip Hop

Jogo de pião

Amarelinha

Karatê

Futebol

Skate

Vídeo aula 17 - Transformações sociais, currículo e cultura.

Na aula de hoje vamos conversar sobre a definição desses três conceitos e suas relações: Transformações sociais, currículo e cultura. Dentro da escola, esses conceitos conversam e interagem o tempo todo. É a partir deles que definimos nossa postura, os conteúdos transmitidos aos alunos, e a postura que queremos que eles adotem. 

Uma das principais e mais significativas transformações sociais, é a sociedade moderna globalizada. O próprio termo já explica um pouco sobre o conceito: global. A tendência é ser menos local e mais global. Tanto que convivemos cada vez mais com o outro, com diversas culturas, o tempo todo. Através da modernidade e da tecnologia estamos conectados com qualquer parte do mundo na hora que quisermos. Isso aproxima os grupos, os povos, as culturas. E vivemos também uma inserção do modelo democrático onde todos os grupos (principalmente os menores) estão cada vez mais inseridos na sociedade. Hoje vemos na escola a inclusão dos deficientes, de índios, crianças das mais diversas religiões e culturas. É um novo modelo social multicultural, com uma diversidade cultural extensa e que deve ser respeitada e compreendida por todos.

Essa sociedade globalizada e multicultural traz reflexos e mudanças na escola. Tudo aquilo se que aprende na escola, todas as experiências propostas na escola nós chamamos de currículo. Ou seja, todo o currículo escolar é uma experiência social: a explicação do professor, as atividades diárias, as provas, os ensinamentos ocultos, questões éticas e valores morais  --> tudo é currículo. E diante das transformações sociais, o currículo também sofreu mudou. Antes contávamos com um currículo tradicional e elitista, proposta por cidadãos brancos, que estudaram em colégios tradicionais com pensamentos tradicionais e que defendiam uma manutenção silenciosa das desigualdades sociais, onde prevalecia a elite como grupo dominante. Desde os anos 60 e 80, através das transformações sociais, o currículo vem sofrendo reformulações e nos anos 90 é praticamente uma quebra de paradigma pois a partir daí a escola passa a ensinar e falar sobre movimentos e grupos sociais minoritários, questões de classes, de gênero, de moradia e cidadania. As transformações da sociedade que agora é multicultural, culminaram nas transformações curriculares. Percebem a importância do currículo da escola? 

E com todas essas transformações estamos notando que o termo cultura está cada vez mais impregnado no nosso dia a dia. Termo esse que antes designava pessoas cultas, inteligentes, eruditas, e que hoje abrange todos os costumes de todos os povos. No séculos XX a cultura deixa de ser um termo evolucionista e elitista e ganha força entre as massas. A cultura age como um campo de lutas para a validação de seus significados. É um mundo inteiro querendo impor e mostrar seus costumes para o outro. É uma imposição simbólica, as vezes pacífica outras não. E desde o início da humanidade existem os grupos dominantes que querem que suas representações sejam impostas para que também sejam incorporadas como verdadeiras. Podemos notar claramente a imposição do padrão de beleza, do padrão de vida consumista, tudo é padronizado de acordo com os interesses da sociedade. Mas que sociedade? A que domina os outros grupos silenciosamente? É aí que devemos alertar e reproduzir nos alunos a criticidade e a consciência cidadã. Devemos ensinar que no campo de luta cultural existem também as incorporações (onde um grupo incorpora ações de outros), a distorção (quando um grupo deturpa ações do outro), resistência (quando um grupo resiste à imposição do outro) e a negociação (quando os outros negociam pelo bem comum). Grupos e sociedades dominantes sempre existirão, mas devemos aproveitar os benefícios do conhecimento que temos hoje sobre a diversidade cultural e transmitir aos nossos alunos, de forma que promovemos a inclusão de todas as pessoas numa escola e numa sociedade justa e democrática.


quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Vídeo aula 16 - Sexualidade e prevenção de riscos

Essa aula fala sobre a importância de conscientizar os adolescentes sobre o uso de métodos contraceptivos e da camisinha. Nós como escola devemos trazer informação e orientação aos jovens, pois a sexualidade está florescendo neles cada vez mais cedo e geralmente acontece sem que eles saibam como se prevenir. Os riscos são a gravidez precoce e indesejada e as doenças sexualmente transmissíveis.  Seguem alguns dados e gráficos sobre a gravidez precoce de adolescentes e sobre as DST:




Taxa de incidência de dos casos de aids(1) (por 100.000 habitantes) segundo região de residência e ano de diagnóstico. Brasil, 1998 a 2008:





Vídeo aula 15 - Sexualidade na escola

Trabalhar e discutir a sexualidade na escola é um questão bastante delicada. Nós professores temos dificuldades devido ao preconceito, aos tabus e ao pudor da sociedade. Porém a informação e a orientação são nossas maiores aliadas e com elas podemos diminuir os altos índices de gravidez e aborto na adolescência, por exemplo. Os jovens não tem as devidas orientações, muitas vezes seus próprios pais tem vergonha de abordar o assunto e assim eles acabam aprendendo sobre a sexualidade de forma errônea, e é aí que ocorre a gravidez - por descuido e por falta de informação.

Nossa sexualidade acompanha nosso desenvolvimento. Ela existe em nosso corpo desde o nascimento e durante a infância apresenta diferentes fases. Em cada idade temos diferentes zonas corporais que nos proporcionam sensação de prazer:

- Primeiros anos: fase de prazer oral;
- 18 meses aos 4 anos: fase de prazer anal;
- 3 a 5 anos: fase de prazer genital infantil;
- 6 anos até a puberdade: fase de latência;
- Adolescência: fase de prazer genital adulta.

Puberdade e adolescência são fases diferentes. Enquanto a puberdade tem uma relação mais com o desenvolvimento biológico e físico propriamente dito (hormônios, desenvolvimento órgãos genitais...) a adolescência tem relação com o desenvolvimento psicossocial, familiar e interpessoal (relacionamentos e amadurecimento).
É a puberdade que faz os adolescentes sentirem uma invasão de novas sensações e descobertas no seu corpo e no corpo do outro. É período de transformações físicas e fisiológicas bastante conturbado e que carece de explicação e orientação.

Dentre as práticas sexuais dos adolescentes estão: a masturbação, o ficar, o namorar, a homossexualidade, e a relação sexual em si. Diferente do que algumas pessoas pensam, a masturbação não deve ser encarada como uma patologia. É na verdade uma descoberta do próprio corpo natural, pois desde a infância já descobrimos o prazer que nosso corpo propicia a nós mesmos. A masturbação permite a passagem da atividade autoerótica infantil e narcísica para uma atividade autoerótica relacional, com o outro. Devemos nos preocupar com a masturbação se ela causa angústia no adolescente ou se ele desenvolve uma compulsão.
O ficar também é uma fase de descoberta onde os casais se acariciam, se beijam, se abraçam mas de forma descompromissada e superficial. Quando "ficantes" os adolescentes não seguem a fidelidade. Pode ocorrer o ato sexual nas "ficadas". O namoro é a mesma descoberta mas difere no quesito fidelidade, compromisso e responsabilidade. 
A virgindade é uma questão cultural e social. Cada lugar ou família aborda a virgindade de uma maneira. Nossa sociedade infelizmente estimula os meninos a perderem a virgindade tanto mais cedo possível, enquanto as meninas tanto mais tarde possível. É uma distorção machista onde os meninos podem procurar o prazer e o sexo e as meninas deve se resguardar. 
A homossexualidade também é uma questão cultural, que felizmente vem ganhando mais orientação com o passar do tempo. Porém, ainda vemos tristemente notícias de discriminação e violência contra os homossexuais. É comum na adolescência surgir a dúvida sobre qual sexo sentimos atração. Repetindo: é uma fase de descoberta. 

Todas essas informações devem ser passadas aos nossos alunos adolescentes e até mesmo para as crianças devem ser passadas algumas informações. Tudo para fornecer uma passagem saudável da adolescência para a vida adulta, fazendo com que os jovens descubram sua sexualidade de forma sempre segura e consciente. É extremamente importante ressaltar os métodos contraceptivos como camisinha e pílulas anticoncepcionais para que não ocorra uma gravidez indesejada e precoce. A sexualidade e a afetividade são saudáveis e importantes em nossas vidas.


Vídeo aula 14 - A cartografia e a representação dos lugares

Vamos falar um pouco sobre a cartografia?
A cartografia é a ciência da representação gráfica da superfície terrestre, tendo como produto final o mapa. Ou seja, é a ciência que trata da concepção, produção, difusão, utilização e estudo dos mapas. Na cartografia, as representações de área podem ser acompanhadas de diversas informações, como símbolos, cores, entre outros elementos. A cartografia é essencial para o ensino da Geografia e tornou-se muito importante na educação contemporânea, tanto para as pessoas atenderem às necessidades do seu cotidiano quanto para estudarem o ambiente em que vivem.
Os mapas reproduzem sistemas de valores sociais que são culturais e históricos naquela determinada sociedade. Ou seja, podemos ler a sociedade através dos mapas. Os mapas são textos informativos e interpretativos. A seguir segue em vídeo esclarecedor do professor Rafael Sanzio da UnB sobre cartografia, sociedade, aprendizagem e educação.


Vídeo aula 13 - Educação geográfica, estudo da cidade e uso da cartografia

Essa aula nos mostra a importância e a riqueza da cidade na escola e de um modo geral, para a educação. 
Para isso devemos ver a cidade como um lugar de vivência, como um organismo vivo onde brota energia e onde podemos aprender por todos os lugares. Para compreender a cidade, devemos necessariamente romper com os muros da escola e adentrar efetivamente nos bairros, nos espaços, nos locais que podem ser objetos de estudo. Os professores e gestores não podem ver a escola como único e exclusivo lugar onde ocorre a educação, pelo contrário, eles tem que entender que a aprendizagem acontece em todos os lugares, e a cidade também é um objeto da educação. Aliás, uma cidade educadora estimula e desenvolve a aprendizagem.

E por que estudar a cidade? Por que ela é um lugar de vivência, como disse, mas principalmente por ser o lugar de vivência dos nossos alunos. Ao estudarmos a cidade e suas relações, aproximamos o aluno do conteúdo que gostaríamos de transmitir, o que faz com que ele se interesse e aprenda de maneira mais proveitosa do que numa aula monóloga na sala de aula. A cidade (ou bairro) é seu lugar, onde foi construída sua história, algumas vezes até mesmo a história da sua família. Lá que ele tem o sentimento de pertencimento e de ligação. A cidade é rica em conhecimento: podemos transmitir conteúdos sobre a diversidade cultural, cidadania, suas raízes históricas, trabalhar o modo de vida dos moradores, a urbanização, o transporte, a política, enfim, diversos conteúdos interdisciplinares abordado com várias disciplinas. 

Os alunos aprendem a decodificar informações e entender os mecanismos de trabalho e funções de cada instituição. É importante levá-los aos museus, às praças, aos parques, e explicar como e porque foram construídos, o tipo de arquitetura, a função de cada lugar. Podemos dar o enfoque morfológico: que analisa e classifica os bairros, os tipos de edificações e estabelecimentos. Ou o enfoque histórico onde mostramos a história da cidade, como foi construída, as mudanças e o que não mudou, a arquitetura histórica. E o enfoque ambiental que vai dar um ênfase no espaço físico geográfico, nos impactos ambientais, na preservação do meio ambiente e etc.

Voltando um pouco para minha cidade, onde trabalho e nasci, quero falar de um lugar que é muito importante historicamente e que deveria ser trabalhado com os alunos no sentido de mostrar como Guaratinguetá foi construída. Esse lugar foi meu objeto de estudo no Trabalho de conclusão de curso quando me formei em História é a Catedral de Santo Antônio.


A vila de Guaratinguetá nasceu no entorno da então igreja de Santo Antônio, em 1630 no período de colonização e reconhecimento de território. A vila cresceu e a catedral tornou-se o maior registro e documento histórico do municípios e infelizmente é pouco explorada pelas escolas e professores.

Vídeo aula 12 - Retardo mental e autismo

Segue mais uma aula para aprendermos a lidar com a diferença! 
Esta aula é sobre o retardo mental e o autismo - suas características, e como podemos ajudar como escola.



As pessoas que tem retardo mental são pessoas que apresentam habilidades intelectuais abaixo da média. Elas podem ter problemas nas suas atividades diárias, na comunicação, na interação social, nas habilidades motoras, no cuidados pessoais e na vida acadêmica. Existem três tipos de retardo mental: leve, moderado e grave. 
As crianças que apresentam retardo mental leve tem atraso nas habilidades linguísticas, mas consegue entender o que passamos e conseguem expressar o que sentem e o que entendem. São independentes nos seus cuidados pessoais diários. Elas tem uma vida acadêmica com dificuldades mas podem trabalhar, se casar, ou seja, ter uma vida adulta e independente. Nos casos moderados a dificuldade de falar e de compreender aumenta e seus cuidados pessoais assim como suas habilidades motoras são limitadas, precisando de ajuda. Sua vida acadêmica também é limitada e pode ter benefícios quando esses alunos são colocados em turmas especiais com atividades individualizadas em prol da socialização e interação. Já nos casos graves a criança tem maior prejuízo intelectual, funcional e motor. Não conseguem ter cuidados e higienes pessoais sozinha, precisa de ajuda de algum adulto. Geralmente também tem deficiência visual ou auditiva por exemplo, e tem o desenvolvimento cerebral inadequado. Essas crianças necessitam de cuidados e atenção especial por toda a vida, e sua vida acadêmica é inteiramente voltada para a socialização e para o treino de suas habilidades motoras. Existem instituições especializadas sérias que ajudam muito essas crianças como a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) entre outras. Tais instituições contam com profissionais especializados para que haja um controle das alterações comportamentais, das agitação psicomotora, da agressividade, da hostilidade e da hiperatividade através de treinos das habilidades e pela interação social. 
A escola tem a principal função de esclarecer, informar, orientar e combater a descriminação. Estimular o desenvolvimento dessa criança de acordo com seu ritmo para que ela viva e tenha relações pessoais da melhor qualidade possível.

Já o autismo é um transtorno invasivo do desenvolvimento da criança com atraso linguístico, prejuízo nas interações sociais e que apresentam comportamentos estereotipados e repetitivos. É mais comum em meninos. O autismo apresentam seus sintomas a partir dos 2 anos aproximadamente quando a criança não responde e é indiferente aos carinhos e estímulos dos seus pais. Gosta de brincadeiras estereotipadas e repetitivas, se interessa por luz, som e movimentação. Não gosta quando ocorre mudanças em sua rotina, podendo causar ataques de raiva e agressividade.  Na escola os autistas não gostam de interagir com outras crianças, não gostam de brincadeiras e jogos em grupos e tem tendência a isolar-se. 
Nosso dever como escola é oferecer tudo pra melhoria da qualidade de vida dessa criança, assim como todas as outras, mas esses alunos necessitam de um cuidado especial. Eles tem que ter um tratamento individualizado, educação especial inclusiva, terapias comportamentais, intervenção conjunta com a família, aconselhamento e orientação aos pais e até mesmo medicação em casos mais graves. Devemos socializar essa criança, na medida do possível na sala de aula, e fazer com que os colegas interajam e estimulem também esses alunos tão especiais.


Vídeo aula 11 - Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH)

Olá, bom dia à todos, hoje vamos falar de um tema muito importante e recorrente no contexto escolar: o transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH).
Infelizmente, por falta de orientação e principalmente por falta de informação, nós como escola muitas vezes agimos de maneira errada com crianças e jovens que sofrem com o TDAH, o que traz um prejuízo maior para esse aluno. Então, vamos tentar entender e desmitificar o que é esse transtorno e como podemos ajudar:

O TDAH é um transtorno comportamental e neurobiológico, de causas genéticas e ambientais que surge na infância mas pode acompanhar a vida adulta. São três as principais caraterísticas: desatenção, hiperatividade e impulsividade. As crianças com TDAH tem dificuldades em relacionamentos interpessoais, dificuldades sociais de modo geral, e baixo rendimento escolar e/ou profissional. O TDAH acomete cerca de 5 a 13% das crianças, na maioria dos casos os meninos. As causas são multifatoriais, ou seja, uma combinação de fatores genéticos, biológicos e psicossociais; sendo assim o tratamento também deve ser multifatorial. Cada caso é um caso e não existe uma receita pronta para todos os casos. Cada criança deve ser tratada conforme sua necessidade, entre os tratamentos possíveis podemos destacar a medicação, a psicoterapia e o envolvimento e orientação da família e da escola.


Existem três tipos de TDAH: o predominantemente desatento, o predominantemente hiperativo-impulsivo, e o combinado. O diagnóstico deve ser clínico feito por um neurologista, psiquiatra ou psicólogo e deve ser feito através de uma avaliação onde a criança seja observada em todos os contextos em que ela vive. Nós como profissionais da educação não podemos diagnosticar o TDAH mas podemos nos atentar para sintomas e características principais. O predominantemente desatento geralmente é desorganizado, esquecido, distraído, com tendências ao isolamento social por não conseguir relacionar-se com as pessoas, e tem dificuldades para trabalhar em grupo. O predominantemente hiperativo-impulsivo geralmente é mais agressivo e por isso são rejeitados pelo grupo e pelos colegas. São crianças impopulares da escola, agitados, inquietas e impulsivas demais. Não consegue ficar quieto, em silêncio, falam e conversam muito, são precipitados e impacientes. As crianças que tem o TDAH combinado são as que tem todas as características descritas acima ao mesmo tempo e de forma mais grave e intensa. Elas sofrem mais pois tudo é agravado, sendo que elas tem prejuízo no seu funcionamento global (social, cognitivo, interpessoal). 

Alguns sintomas que ficam evidentes na escola e que nós professores devemos nos atentar para orientar as próprias crianças e seus responsáveis:
* alteração na fala;
* falta de noção de espaço;
* dificuldade para ler gráficos e letras e números parecidos;
* dificuldade para ficar sentado e prestar atenção;
* pouca coordenação motora;
* dificuldade para terminar alguma tarefa.



As crianças que desenvolvem o TDAH são crianças que necessariamente devem ter um cuidado especial pois esse transtorno traz muitas consequências para seu desenvolvimento e sua vida social. Entre as consequências estão o baixo rendimento escolar, a perda de auto estima, tristeza e falta de motivação por ela não ser compreendida e não se compreender, ela tem uma predisposição a episódios depressivos graves, na  adolescência ela pode ter uma maior predisposição a se envolver com drogas e álcool e quando adultos se tornam inseguros com pouca habilidade para relacionamentos.

Como a escola pode intervir e ajudar? Através da educação, da orientação e da conscientização das próprias crianças, dos pais, dos professores, da equipe escolar e dos colegas. Quando temos um aluno com  TDAH, nossa função é acolher e ensinar os outros também a acolher as dificuldades e a diferença dessa criança. Incluí-la no grupo e fazer com que ela se sinta parte dele. Desfazer estereótipos e preconceitos que a sociedade impõem e mostrar o quanto elas também são capazes de progredir e aprender. Devemos nos atentar para melhorar a auto estima e a aceitação desse aluno, já que geralmente ele é taxado e rejeitado pelos colegas e pelos próprios professores pela dificuldade de convivência. Reconhecer e elogiar sempre que essa criança merecer para estimulá-la e principalmente englobar e orientar os pais em tudo que diz respeito à essa criança. O TDAH não deve ser visto como um bicho de sete cabeças, mas deve ser visto como uma oportunidade de aprender e poder ajudar com a diferença através da inclusão.



quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Vídeo aula 10 - Democracia e educação em direitos humanos

Já vimos que democracia e direitos humanos são dois conceitos indissociáveis; vimos que onde não há um não pode haver o outro. Mas como inserir a educação nesses conceitos tão importantes e de dimensão tão grande? Ora, muito simples desde que pensemos a educação como o futuro que estamos deixando. Os ensinamentos e instruções que estamos deixando para nossos alunos, nossa prática em sala de aula não só como mero repassador de conteúdos mas como cidadãos conscientes e antenados na sociedade.

Nessa vídeo aula vimos que a democracia é um modo de conduzir a vida. Ela nos dá caminhos para que nossas relações sejam pautadas na ética e no compromisso com as pessoas ao redor. Todas as relações devem ser democráticas para que a justiça possa prevalecer e sobressair. Na escola é a mesma coisa. Não adianta só os alunos respeitarem os professores, mas tem que haver respeito por parte dos professores, da direção e de toda comunidade escolar para com o aluno também. O ambiente deve favorecer a democracia... não adianta muito falar de democracia e direitos humanos se tratamos nossos alunos com autoritarismo e desrespeito. Devemos mostrar aos alunos que ele tem que ter um papel ativo tanto na escola como em qualquer outro ambiente que ele esteja relacionado. Devemos orientar os alunos para que eles sejam críticos e atuantes, visto que vivemos numa sociedade onde o injusto acaba levando a melhor e o jeitinho errado do brasileiro sobressai. Não podemos admitir tais comportamentos na escola, e o caminho deve ser sempre o da justiça e da democracia. 

A formação que damos aos nossos alunos deve ser humana, democrática e visando o respeito pelos direitos humanos, fazendo com que eles sejam legitimamente garantidos. Devemos educar PARA a democracia e pelos direitos humanos e PELA democracia e direitos humanos. E não pode ser um conteúdo meramente teórico, os alunos devem identificar o que falamos com nossas atitudes e ações na escola. Só pela educação democrática podemos trabalhar para a formação de uma consciência cidadã efetiva e ativa. Os direitos humanos devem ser inseridos nos conteúdos curriculares por meio de projetos interdisciplinares, pluridisciplinares e transdisciplinares. Deve ser um assunto trabalhado e exemplificado o tempo todo para que seja interiorizado pelos alunos. Sem conhecimento, valores e ação não há educação em direitos humanos.

Vídeo aula 09 - Educação comunitária e direitos humanos

A educação comunitária vem se inserindo como parte da educação formal desde os anos 90. Tem como características fundamentais a democratização do espaço, relações da participação efetiva de todos os envolvidos nos processos educativos e a melhoria da qualidade da educação.

O objetivo principal da educação comunitária é formar sujeitos coletivos, ou seja, cidadãos conscientes e atentos ao seu papel na comunidade. Fazer com que os alunos percebam que são co-responsáveis pelas ações, relações, conflitos e decisões da comunidade, fazer com que os alunos se sentiam parte da comunidade para que eles queiram melhorá-la e até mesmo transformá-la. Ser cidadão tem muitas atribuições mas principalmente ter papel ativo e uma ação transformadora, renovadora.

A escola tem que estar aberta à comunidade e a comunidade tem que estar aberta à escola. Os alunos tem que aprender com a comunidade, aprender na comunidade e aprender para a comunidade. Os conteúdos disciplinares tem que ultrapassar os muros das salas de aulas e adentrarem todos os espaços da vida dos alunos, deve ser interativo e participativo para que sejam melhor assimilados pelos alunos. Todos os espaços são espaços de aprendizagem, a escola não pode se restringir como único espaço de aprendizagem dos alunos. As demandas, interesses e problemas da comunidade devem fazer parte do currículo escolar através de projetos interdisciplinares. É um novo paradigma escolar que deve ser instaurado para que as crianças percebam que a importância da cidade, conhecer e como agir para melhorá-la. Não podemos viver uma educação que quer conhecer o mundo se não conhecemos nosso próprio bairro. E é uma forma de entender a vida dos alunos, as relações familiares e profissionais, e de certo modo, aproximar-se da realidade vivida por aquela comunidade escolar. 

A educação comunitária e democrática deve orientar-se e pautar-se pelos Direitos Humanos. Direitos estes que decorrem do reconhecimento da dignidade intrínseca de todo ser humanos, e que reconhece todos as pessoas como iguais. Tanto os direitos humanos quanto a democracia tem como princípios fundamentais a liberdade, a igualdade e a solidariedade e a educação também tem que basear em tais princípios para que formemos cidadãos mais críticos e conscientes. Não existe democracia onde os direitos humanos não forem respeitados, e os direitos humanos só são respeitados em sociedade democráticas. Os direitos humanos devem ser inseridos na escola como valores e ações necessárias à formação e transformação da sociedade. Estamos educando e ensinando as futuras gerações, as pessoas que ocuparão nosso lugares quando não estivermos mais aqui. Nada mais coerente do que educá-las com princípios éticos para buscar uma sociedade mais justa e humana.

Vídeo aula 08 - Distúrbios alimentares (anorexia, bulimia e obesidade)

Olá, bom dia a todos e um excelente início de ano!
Hoje vamos conversar sobre os distúrbios alimentares que geralmente ocorrem na adolescência mas também podem ocorrer na infância. Sabemos que quanto mais equilibrado nosso modo de vida, mais saudável ele é e isso também se encaixa na alimentação. Nossa alimentação é o reflexo da nossa saúde, e devemos transmitir tais ensinamentos para nossas crianças na sala de aula, principalmente se identificarmos entre elas algumas que indicam uma probabilidade de sofrer transtornos alimentares. 

Os distúrbios alimentares ocorrem por uma combinação maléfica de diversos fatores entre os quais: fatores psicológicos, fatores biológicos, fatores genéticos, fatores socioculturais. Vivemos numa sociedade que cultua o corpo extremamente magro, e esse culto exagerado à beleza deturpa o que os jovens julgam bonito e o que eles querem seguir. A adolescência por si só já é um período bastante complicado e complexo, e com a interferência de valores e modos de vida desregulados torna-se uma fase onde devemos ter bastante atenção e cuidado com nossos alunos, parentes e conhecidos. Nosso corpo muda muito na adolescência e temos um aumento da necessidade de proteínas, vitaminas e da carga energética. Porém, qualquer exagero ou falta pode ocasionar danos e doenças. O ideal é seguir a pirâmide alimentar indicada abaixo por nutricionistas e médicos:

(Disponível em http://migre.me/cDjtb)


Sobre os distúrbios alimentares, existem os três mais predominantes na nossa sociedade: anorexia, bulimia e obesidade.

Anorexia: Anorexia é um transtorno alimentar no qual a busca implacável por magreza leva a pessoa a recorrer a estratégias para perda de peso, ocasionando importante emagrecimento. As pessoas anoréxicas apresentam um medo intenso de engordar mesmo estando extremamente magras. Em 90% dos casos, acomete mulheres adolescentes e adultas jovens, na faixa de 12 a 20 anos. É uma doença com riscos clínicos, podendo levar à morte por desnutrição. Não existe uma causa única para explicar o desenvolvimento da anorexia nervosa. Essa síndrome é considerada multideterminada por uma mescla de fatores biológicos, psicológicos, familiares e culturais. Alguns estudos chamam atenção que a extrema valorização da magreza e o preconceito com a gordura nas sociedades ocidentais estaria fortemente associada à ocorrência desses quadros.

Bulimia:  A Bulimia é um transtorno alimentar que se caracteriza pela ingestão de grandes quantidades de alimentos (episódios de comer compulsivo ou episódios bulímicos), seguidos por métodos compensatórios, tais como vômitos autoinduzidos, uso de laxantes e/ou diuréticos e prática de exercícios extenuantes como forma de evitar o ganho de peso pelo medo exagerado de engordar. Diferentemente da anorexia, na bulimia pode não haver perda de peso, e assim médicos e familiares têm dificuldade de detectar o problema. A doença ocorre mais frequentemente em mulheres jovens, embora possa ocorrer, raramente , em homens e mulheres com mais idade.Assim como na anorexia, a bulimia é uma síndrome multideterminada por uma mescla de fatores biológicos, psicológicos, familiares e culturais. A ênfase cultural na aparência física pode ter um papel importante. Problemas familiares, baixa autoestima e conflitos de identidade também são fatores envolvidos no desencadeamento desses quadros.

Obesidade: É uma enfermidade caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal, associada a problemas de saúde, ou seja, que traz prejuízos à saúde do indivíduo. Para muitas pessoas, a obesidade e o sobrepeso são causados por um desequilíbrio no metabolismo energético. Vários fatores contribuem para a obesidade, além do desequilíbrio do balanço energético. Dentre eles, podemos citar os seguintes:
  • Sedentarismo (ou falta de atividades físicas).
  • Fatores ambientais (falta de espaço para lazer, falta de tempo para praticar atividades físicas para pessoas que trabalham muito, grande quantidade de “fast foods” e lanchonetes de lanches rápidos, dificuldade de encontrar alimentos saudáveis em determinados locais).
  • Fatores genéticos e história familiar: As chances de um filho se tornar obeso são grandes quando os pais também são obesos.
  • Problemas de saúde.
  • Fatores emocionais: algumas pessoas comem mais quando estão chateadas, estressadas ou nervosas.

Enfim, depois de tanta informação agora podemos discutir e enfatizar o problema em sala de aula, conversar com nossas crianças, orientá-las e procurar ajuda se houver necessidade ou a probabilidade de que alguma criança entre num desses distúrbios alimentares.

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