Essa aula nos mostra a importância e a riqueza da cidade na escola e de um modo geral, para a educação.
Para isso devemos ver a cidade como um lugar de vivência, como um organismo vivo onde brota energia e onde podemos aprender por todos os lugares. Para compreender a cidade, devemos necessariamente romper com os muros da escola e adentrar efetivamente nos bairros, nos espaços, nos locais que podem ser objetos de estudo. Os professores e gestores não podem ver a escola como único e exclusivo lugar onde ocorre a educação, pelo contrário, eles tem que entender que a aprendizagem acontece em todos os lugares, e a cidade também é um objeto da educação. Aliás, uma cidade educadora estimula e desenvolve a aprendizagem.
E por que estudar a cidade? Por que ela é um lugar de vivência, como disse, mas principalmente por ser o lugar de vivência dos nossos alunos. Ao estudarmos a cidade e suas relações, aproximamos o aluno do conteúdo que gostaríamos de transmitir, o que faz com que ele se interesse e aprenda de maneira mais proveitosa do que numa aula monóloga na sala de aula. A cidade (ou bairro) é seu lugar, onde foi construída sua história, algumas vezes até mesmo a história da sua família. Lá que ele tem o sentimento de pertencimento e de ligação. A cidade é rica em conhecimento: podemos transmitir conteúdos sobre a diversidade cultural, cidadania, suas raízes históricas, trabalhar o modo de vida dos moradores, a urbanização, o transporte, a política, enfim, diversos conteúdos interdisciplinares abordado com várias disciplinas.
Os alunos aprendem a decodificar informações e entender os mecanismos de trabalho e funções de cada instituição. É importante levá-los aos museus, às praças, aos parques, e explicar como e porque foram construídos, o tipo de arquitetura, a função de cada lugar. Podemos dar o enfoque morfológico: que analisa e classifica os bairros, os tipos de edificações e estabelecimentos. Ou o enfoque histórico onde mostramos a história da cidade, como foi construída, as mudanças e o que não mudou, a arquitetura histórica. E o enfoque ambiental que vai dar um ênfase no espaço físico geográfico, nos impactos ambientais, na preservação do meio ambiente e etc.
Voltando um pouco para minha cidade, onde trabalho e nasci, quero falar de um lugar que é muito importante historicamente e que deveria ser trabalhado com os alunos no sentido de mostrar como Guaratinguetá foi construída. Esse lugar foi meu objeto de estudo no Trabalho de conclusão de curso quando me formei em História é a Catedral de Santo Antônio.
A vila de Guaratinguetá nasceu no entorno da então igreja de Santo Antônio, em 1630 no período de colonização e reconhecimento de território. A vila cresceu e a catedral tornou-se o maior registro e documento histórico do municípios e infelizmente é pouco explorada pelas escolas e professores.
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