Mostrando postagens com marcador Módulo 1 - Temas Transversais. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Módulo 1 - Temas Transversais. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Vídeo aula 26 - Estratégias de Projetos e Educação em valores

Olá, boa tarde!
Hoje vamos ver como o trabalho com projetos interdisciplinares e transversais podem auxiliar na tão carente construção da educação em valores.
Como já vimos o projeto interdisciplinar é uma forma de trabalhar temas que não estão nos conteúdos programáticos e trabalhá-lhos agregando várias disciplinas para que o objeto do conhecimento fique claro na cabeça das crianças. Só por ser um jeito diferente de estudar, já é um atrativo para os alunos, eles demonstram mais interesse e dedicação nas etapas dos projetos. O projeto se tornará ainda mais interessante e útil se agrega problemas e/ou questões sociais do entorno e da vivência dos alunos.
Sendo assim, trabalhar com temas de cunho social, ou trabalhar a cidadania ficará mais fácil para o entendimento dos alunos, porque eles não terão a explicação de apenas uma disciplina, mas as disciplinas vão se aliar e dialogar para que fique clara a compreensão. 
Por exemplo: as eleições passaram a poucos dias então porque não trabalhar com eleições num projeto transversal? A língua portuguesa fica encarregada das produções textuais, a História explicaria todo o processo de democratização do Brasil e a importância do voto consciente, e a matemática explicaria as pesquisas de Ibope, as porcentagens para cada candidato, os dados e as estatísticas de cada município.
Outro exemplo: Trabalhar com a questão das drogas com alunos do 6º ao 9º ano. Explicar as estatísticas com a matemática, explicar os efeitos nocivos no corpo e na mente com a biologia, explicar os problemas sociais oriundos do tráfico com a história. 
São maneiras de tratar assuntos muitas vezes considerados "tabus" e que devem necessariamente estar presente nas escolas para que os alunos aprendam da maneira certa, com as pessoas certas e não nas ruas com pessoas perigosas. E, levaria aos jovens informação e conhecimento para que seus valores, sua ética e sua cidadania sejam plenamente exercidas. 

(Disponível em http://migre.me/bv2rm)

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Vídeo aula 25 - Estratégias de projetos e a construção da rede

Esta vídeo aula o professor Ricardo Pátaro tratou sobre a elaboração e as etapas de um projeto interdisciplinar. São elas:

- Escolha de um tema amplo
Tema a ser escolhido pela escola ou pelo professor. Sugestão: temas transversais tratados nos PCN´s.

- Aproximação do tema
O professor apresenta o tema aos alunos para que eles comecem a se familiarizar com o assunto.

- Especificação do tema
Depois que o tema é apresentado aos alunos é hora de especificar o tema é hora de traçar onde professor e aluno querem chegar, especificamente.

- Problematização
As crianças fazem perguntas sobre o tema e estas perguntas nortearão o projeto

- Planejamento docente
O professor escolhe os conteúdos e as disciplinas que serão trabalhadas no projeto.

- Busca coletiva de resposta
É a elaboração da rede de conhecimento que levará as respostas sobre as perguntas dos alunos e as colocações do professor. Etapa final, onde o objeto de estudo deve ficar esclarecido e compreendido pelas crianças usando todos os mecanismos descritos anteriormente. É o produto final da pesquisa.

Devo ressaltar que o projeto é flexível e sujeito a falhas. Embora tenha todo um planejando o projeto anda de acordo com sua elaboração, as perguntas dos alunos, assuntos e dúvidas que podem surgir. Essa é uma imagem da rede de conhecimento exemplificada na vídeo aula, cujo tema era "Trabalho Infantil e Educação no Brasil":


terça-feira, 30 de outubro de 2012

Vídeo aula 22 - Prática de projetos e transversalidade em sala de aula: questões de gênero no cotidiano escolar

Os temas transversais tem como finalidade levar questões de cunho sócio-culturais aos nosso alunos, questões que ele não veria nas disciplinas comuns e portanto são inseridas na forma de projetos que são desenvolvidos na escola. É importante sempre desenvolver projetos que envolvem toda a equipe escolar e escolher temas que estão no cotidiano dos alunos.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN´s) sugerem alguns temas transversais para que sejam trabalhados nas escolas: Ética, Pluralidade Cultural, Meio Ambiente, Saúde, Orientação Sexual e Temas Locais e hoje vamos falar especificamente sobre a Orientação Sexual.

Para isso vou disponibilizar aqui um relato de uma professora americana que achei muito interessante pela forma que ela aborda as questões de gênero com seus alunos da primeira série. Acompanhem:

Era uma vez uma professora de primeira série. Na mesma escola, nos EUA, alguns anos antes, ela tinha considerado estranho uma colega falar sobre gênero no maternal. Achou exagerado, seria cedo demais! Mas depois de ter duas filhas e perceber toda a divisão que há entre os “sexos opostos” (opostos a quê? Por que essa oposição?), esta professora mudou de ideia. Ademais,ela teve uma aluna, Allison, que preferia ser chamada de Allie, que não tinha um gênero muito definido. As crianças muitas vezes se referiam a Allie como menino. A professora ligou pros pais (compreensivos) de Allie, que perguntaram a ela o que queria que fosse feito: ela, a professora, deveria corrigir quem chamasse Allie de menino, ou não dizer nada? Allie pediu pra corrigir. Quando a professora disse pra turma pela primeira vez que Allie era menina, alunos fizeram perguntas na sala: “Por que Allie se veste como menino?”, “Se você émenina, por que se parece com um menino?” 
Esta professora então decidiu a começar a falar com alunos sobre gênero. Primeiro, trouxe um livro infantil sobre um menino que queria uma boneca mais do que nada, contra os desejos de seu pai. Em seguida, ela fez duas colunas, meninas e meninos, e pediu que as crianças citassem brinquedos para cada gênero. Quando as duas colunas estavam cheias, ela passou a perguntar se meninas podiam brincar de Lego, por exemplo. A maior parte não viu problema nenhum nisso. Perguntou se meninos podiam brincar de boneca. Como haviam acabado de ler o livro, não houve oposição. “Será que alguma menina aqui brinca de carrinho?”. “Eu! Eu!”, algumas responderam. Só houve hesitação quando chegaram na parte de esmalte e maquiagem. Nisso as crianças pareciam irredutíveis: aquilo era só pra meninas. A professora então lembrou que alguns roqueiros usavam maquiagem. Alguns alunos começaram a se lembrar de casos, inclusive casos na família: “Meu tio pinta as unhas de preto”. E as barreiras de gênero foram se misturando. 
Allie tinha vergonha de ir ao banheiro, e quase nunca ia. Nas vezes em que queria ir, a professora lhe dava a chave para um banheiro que não era nem para meninos nem para meninas. Mas o problema persistia porque, como tantas professoras, esta também pedia para as crianças fazerem duas filas, uma para cada gênero. A professora pensou em novas maneiras de fazer as crianças se dividirem em duas filas: “Quem gosta mais de gatos fica nessa fila. Quem gosta mais de cachorro, fica nesta”. Ela testou várias categorias, que eram variadas diariamente, e as crianças adoravam: leite ou suco, calor ou frio, futebol ou basquete, praia ou piscina, sorvete ou bolo. Ela também passou a adotar termos como “crianças”, em vez de “meninos e meninas”. 
Como um garoto havia sido alvo de brincadeiras por ter um estojo da Hello Kitty, e sua irmã, por ter um estojo com caveiras, a professora usou alguns livros de Tudo Bem Ser Diferente (ela já havia usado outros livros da série, como Tudo Bem Usar Óculos, Tudo Bem Vir de Outro Lugar, Tudo Bem Ser de Outra Cor). Ela começou perguntando quantos já tinham ouvido que não podiam fazer determinada coisa por serem meninos ou meninas. Muitas mãos foram levantadas. Ela leu um livro em que um garoto é bullied por preferir dançar a praticar esportes. As crianças empatizaram com o personagem. 
Já que a professora queria não apenas ampliar as fronteiras de gênero, mas também contestá-las e eliminá-las, ela pediu aos alunos para fazer desenhos para ilustrar o tema de “Tudo Bem Ser Diferente”. Uma aluna desenhou duas noivas. Os desenhos foram expostos no mural da escola.
Allie continuou enfrentando muitos problemas, mas pelo menos a situação na escola melhorou pra ela. E, lógico, melhorou para as outras crianças. Todo mundo ganha em viver num mundo mais tolerante, mais inclusivo.
A professora diz que seu papel não é responder perguntas como “Por quê?” ou julgar -– é ensinar, e ela não pode ensinar se as crianças estão desconfortáveis na sala. E que seu trabalho é preparar alunos para serem parte da sociedade e conviver com todos os tipos de pessoas. Ela termina o relato contando que uma manhã recebeu uma mensagem de uma mãe: “Andrew diz que quer uma boneca de ninar e ele não liga se é só pra meninas. Obrigada, Ms. Melissa!”.





Disponível em http://migre.me/bs7Ui.

Vídeo aula 21 - Sentimentos e afeto como tema transversal

Qual a importância de trabalhar os sentimentos e o afeto transversalmente, na escola? A importância se dá porque os sentimentos e o afeto estão diretamente ligados aos valores e a moral de cada aluno. Através dos sentimentos conhecemos o aluno e podemos diagnosticar e trabalhar valores que podem estar deficientes.

Conceituando o termo valor, segundo Jean Piaget, são trocas afetivas que a pessoa realiza com o exterior. É a projeção do sentimento sobre algum objeto, pessoa, relação ou ele mesmo. A grosso modo, aquilo que a pessoa gosta ou aquilo que ela não gosta. O valor pode ser positivo e pode ser negativo. Com esse conceito de valor já poderíamos realizar um trabalho com as crianças pra identificar alguns sentimentos e identificar alguns traços da personalidade do aluno.

Sobre auto-estima entendemos os sentimentos que projetamos sobre nós mesmos. É de extrema importância trabalhar a auto-estima dos alunos, visto que ela é causa de alguns conflitos. O aluno que tem a auto-estima baixa não dá a mesma importância para os valores do que um aluno que tem auto-estima elevada. Esse aluno se sente inferiorizado, então pode vir a pensar que "não tem nada a perder". O professor pode ajudá-lo a resgatar essa auto-estima buscando e valorizando habilidades nesse aluno. É uma motivação pra ele se perceber como integrante do todo, e não um ser excluído. 

E é fundamental que os alunos também tenham uma visão de auto-conhecimento, ou seja, tenham sensibilidade para conhecer a si mesmo para então, resolver e encarar os problemas de forma equilibrada. O auto-conhecimento é essencial na vida escolar porque está ligada à autonomia. Se eu não me conheço como posso dizer o que eu quero ou não fazer?  Sem auto-conhecimento não há autonomia e tais conceitos devem ser trabalhados desde as séries iniciais para que fiquem mais claros para o entendimento da criança.

E como incorporar os sentimentos na escola?
Transformando sentimentos e afetos em objeto de ensino e aprendizagem. Podemos perceber que em algumas situações da escola os alunos agem impulsivamente sem ao menos entender o que estão sentindo. E ao explicitar esse sentimento o professor pode colocar ao aluno a dimensão de seu ato. Quando ele age impulsivamente ele não pensa nas consequências da ação, uma vez que o aluno entende o que se passa/o que sente, ele pode trabalhar para inibir ou controlar aquele sentimento. É o que ocorre quando um aluno envergonhado de determinada situação se torna violento. Se ele perceber que aquela situação, por mais que seja embaraçosa, é uma situação que acontece com as pessoas será mais fácil dele controlar os impulsos e a agressividade. Tornando os sentimentos e o afeto como objetos de conhecimento, o professor consegue trabalhar as relações cotidianas, as relações inter-pessoais, as relações afetivas. E uma vez que o objeto de conhecimento se torna inteligível, as crianças terão uma visão de cidadania e respeito muito mais profundas.

(Disponível em http://migre.me/bs2Qq)

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Vídeo aula 18 - Educação Integral



Ao meu ver, a Educação Integral é uma tendência cada vez mais forte de ensino no Brasil. É um processo gradativo e ainda lento, mas que aos poucos vai ganhando espaço e estrutura. É interessante e enriquecedor porque não está só preocupado em formar os alunos no ensino regular, mas tem uma preocupação extra em ensinar outras disciplinas que ajudam no desenvolvimento inter-pessoal, no desenvolvimento do aluno com ele mesmo e no desenvolvimento com a sociedade de uma forma geral. 

A Escola Municipal Jacyra Vieira Baracho cumpre de forma espetacular todas essas funções e ainda auxilia no desenvolvimento da autonomia da criança, uma vez que são elas quem escolhem os ateliês (oficinas) que querem participar. E também desenvolvem a criticidade, o papel cidadão de cada criança, já que elas também escolhem os temas que querem trabalhar dentro de cada ateliê. Nós percebemos que tudo é decidido e organizado de forma democrática e justa e o aluno se sente inserido e abraçado por esse modelo educacional. Percebemos que é um esforço e um trabalho em equipe entre todas as pessoas que trabalham na escola, da direção aos professores. Todos ali acreditam e se empenham nesse novo projeto. Essas pessoas aceitaram um desafio que é sair da mesmice das salas de aula e tiveram a coragem de enfrentar a novidade, e está dando muito certo em parte pelo tamanho do envolvimento de todos que ali trabalham. 

É importante ressaltar o carinho dos alunos pela escola, já que a escola (como na primeira atividade do dia) acolhe integralmente. Acredito que quando o profissional trabalha com carinho, com empenho e com dedicação, como ocorre nessa escola, todo seu retorno será positivo. Uma frase interessante do vídeo é aquela que diz que todos os espaços são espaços de aprendizagem. Quem disse que a aprendizagem só começa dentro da sala de aula? Quem disse que a aprendizagem está limitada entre quatro paredes? Outra particularidade que eu considero ser muito importante na Educação Integral é que uma vez que o aluno passa mais tempo dentro da escola, menos tempo ele fica nas ruas muitas vezes aprendendo coisas indevidas. Mas não significa que na escola ele não vai se divertir, nem ter sua hora de lazer.

Acredito que falte nos profissionais da educação acreditar naquilo que eles estão fazendo. Sair da posição comodista de só reclamar da precariedade da educação e fazer alguma coisa efetiva e nova para conquistar seus alunos. E ressaltando que a Educação Integral é uma tendência, acredito que ela deve ocorrer como na escola Jacyra Vieira Baracho, onde os alunos são autônomos a ponto de decidir o que querem estudar nos momentos das oficinas. A escola não deve ser imposta, porque tudo que é imposto vira um fardo. A escola tem que ser acolhedora, o aluno tem que se sentir à vontade e sentir a agradabilidade do ambiente. 

(Disponível em http://migre.me/bqCtX)

Vídeo aula 17 - Pedagogia de Projetos

Na pedagogia de projetos encontramos uma das melhores maneiras de trabalhar a transversalidade e a interdisciplinaridade pois fornece espaço, interação e diálogo entre as disciplinas num determinado assunto que ultrapassa o conteúdo programático.

Vimos o exemplo da Escola Comunitária de Campinas que trabalha a Escravidão com os alunos do 5º ano do Ensino Fundamental e com os alunos do 9º ano do Ensino Fundamental que trabalham a Baixada Santista. Com os alunos do 5º ano houve uma integração entre as disciplinas Português, História, Geografia e Matemática. Com os alunos do 9º ano a integração aconteceu entre as disciplinas História, Geografia e Ciências.

Em ambos os projetos é importante salientar o interesse dos alunos. É evidente que na Pedagogia de Projetos a aula fica mais interessante, e como disse a aluna: uma vez que você aprende o todo e não as partes, fica mais fácil o entendimento e também mais completo.

Esse é um vídeo da professora Cristiana Assumpção que fala de uma forma sucinta o conceito de interdisciplinaridade e ressalta uma das ideias centrais da vídeo aula 17. Ela diz que a  realidade é interdisciplinar, o mundo é interdisciplinar, então porque não estudar e aprender de forma interdisciplinar.




domingo, 28 de outubro de 2012

Vídeo aula 14 - Projetos

(Disponível em http://migre.me/bovuR)

Eu vejo os projetos, tanto na vida pessoal quanto na escola, algo como sair da rotina, dar forma, dar vida, movimentar. Projetar é movimentar, é agir, é buscar algo novo. Como diz a vídeo aula e eu achei muito apropriado: é uma ação consciente que nos lança pra frente. É uma ação pessoal, que pode ser feita em grupo, mas todo o grupo tem que enxergar como um projeto pessoal para alcançar o objetivo. Só quem incorpora e quem interioriza o projeto é que vai trabalhar efetivamente para que ele dê certo. 

Existem várias etapas de planejamento e depois ação que devem sempre ser tratadas com cuidado. Traçar os objetivos e as metas; planejar a ação; quantificar os resultados; ponderar os riscos, e etc. mas para tudo isso precisa de um engajamento pessoal porque isso é fundamental pro andamento do projeto. Esse engajamento pessoal é essencial para os projetos escolares e educativos, pois todos os envolvidos têm que acreditar, apostar e trabalhar na mesma intensidade e frequência para que dê frutos. Quando uma pessoa entra num projeto sem acreditar nele, todo o projeto pode ser comprometido pela negatividade e pela descrença dessa pessoa. Então, se não acreditamos num projeto não devemos entrar nele para não atrapalhar as pessoas que acreditam. 

Uma metáfora interessante para falarmos de projeto é vê-lo como se fosse um rio onde a nascente são os sonhos e as utopias que dão impulso para iniciar, o curso do rio seria como o desenvolvimento do projeto e a foz é a conclusão do projeto ou o alcance da meta.

(Disponível em http://migre.me/bovZa)

Vídeo aula 13 - Conhecimentos em rede

Olá, bom dia à todos =)
Na aula de hoje o professor Nilson nos mostrou as especificidades do conhecimento em rede. Essa é uma metáfora para pensarmos sobre os modos de transmissão de conhecimentos.
Antes de falar sobre as redes e em como elas se aplicam na aprendizagem, vamos falar sobre outros modos de conhecimentos que podemos dizer que estão ultrapassados e são limitados, porém não deixam de ter sua relativa importância pois através deles chegamos no conhecimento atual. 

(Disponível em http://escoladeredes.net/


O primeiro modo de conhecimento é o chamado "balde" - onde o professor despeja no aluno o conhecimento sem fazer nenhuma conexão com absolutamente nada, é como se a cabeça do aluno fosse um balde e ele despejasse ali todas as matérias do currículo. É um modo massante e antiquado de aprendizagem. O segundo modo é baseado em Descartes e em seu "Discurso do método" e é conhecido como "cadeia" onde um conceito é encadeado no outro, como se fossem "links" ou ganchos, podemos explicar como se fosse um "isto explica aquilo". Nesse modo o professor não salienta o presente, não dá a devida importância pro seu papel ali no exato momento da aprendizagem, isso porque ele não faz uma conexão do conteúdo pra vida do aluno, ele só diz que o aluno precisa aprender porque vai usar no futuro; e se não consegue ensinar, é porque o conteúdo anterior não foi trabalhado corretamente.

Agora, no conhecimento em rede tudo é conectado à tudo. Todas as disciplinas estão conectadas, todos os conteúdos estão conectados, não dá pra pensar na aprendizagem na disjunção, separando o conhecimento, olhando o conteúdo apenas de um lado. Não! Todos os lados são analisados conjuntamente. É como se fosse uma teia onde tudo se relaciona a tudo. Não é uma visão simplista do conhecimento, mas complexa, porém não significa que seja mais difícil de compreender, pois já que tudo estão interligado o aluno se interessará pelo conteúdo e verá o motivo pelo qual ele está estudando. Dessa forma é mais fácil do aluno absorver e desenvolver o raciocínio. Uma similaridade do conhecimento em rede é que nele não existe um centro de interesse, não há acentrismo, pois são vários centros de interesses, um ligado ao outro, um levando ao outro. E podemos dizer também que o conhecimento está em constante metamorfose, pois tudo se atualiza muito rápido, os conceitos mudam conforme descobrimos novas coisas, tudo está em constante mudança e atualização e o conhecimento em rede acompanha essas mudanças. Por isso a necessidade do professor nunca parar de estudar, pra que ele traga essa atualização de conhecimentos para o aluno. E a transdiciplinaridade se encaixa perfeitamente no conhecimento em rede, já que está tudo conectado e relacionado é mais fácil de se ter um olhar além das disciplinas, é mais fácil de enxergar o que se pode (e se deve) estudar e que estão além das grades curriculares, muitas vezes. 

A sociedade está interconectada de diversas formas, vivemos numa sociedade em rede, as redes sociais têm cada vez mais adeptos e por ela, conhecemos outras pessoas que são amigas de nossos amigos e que também se tornam nossas amigas. Se nossas relações são uma rede, porque não trazer pros nossos conhecimentos? Eu vejo o conhecimento em rede como uma forma de agregar, de somar, de acrescentar o maior número de informações e aprendizado possível dentro daquele conteúdo. E quanto mais informação, mais fácil pro aluno levar pra sua vida, aplicar na sua vida e perceber a importância do estudo daquele conteúdo.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Vídeo aula 10 - Interdisciplinaridade e transversalidade na educação

A vídeo aula 10 tem como tema a "Interdisciplinaridade e a transversalidade na Educação" e para elucidar o tema colocou como exemplo o Projeto "Ribeirão Anhumas" - de Recuperação ambiental, participação e poder público: uma experiência em Campinas. 
Tal projeto tem como objetivo trazer a tona os problemas do ribeirão e das pessoas que estão a sua volta e para isso foi organizado de forma interdisciplinar e transversal. Interdisciplinar porque agrega as disciplinas: língua portuguesa, geografia e química - tais disciplinas trabalham juntamente para explicar os fenômenos/consequências/impacto do rio na vida das pessoas. E transversal porque não é um tema específico da língua portuguesa, nem da geografia. É um tema que vai além das disciplinas, ultrapassa os conteúdos escolares, vai além do conteúdo programático.

No projeto os alunos estudaram as seguintes questões (entre outras):
- Riscos ambientais para: ar, água, solo;
- Riscos de erosão, tipos de solo;
- Ocupação da área para moradia;
- Urbanização;
- Localização;
- Impactos ambientais;
- Vegetação;
- Tratamento de esgoto;
- Processos químicos;
- Argumentação, debates, entrevistas.

Esse é um projeto que exemplifica perfeitamente o que falamos esse tempo todo sobre interdisciplinaridade e transversalidade. Nota 10! Parabéns aos autores e criadores. 



Vídeo aula 9 - Ciência e Educação

(disponível em: http://migre.me/bjSh4 )

Olá, bom dia!
A aula de hoje vai falar sobre a soma ciência + educação.
O professor Luis Menezes fala sobre a importância do trabalho com a ciência dentro da sala de aula. Devemos transmitir ao aluno a ideia de que a ciência não é coisa só de cientistas, e que a ciência está presente em cada minuto do nosso dia, estamos cercados por ela e ela nos explica muita coisa do nosso dia a dia. Isso porque a ciência nada mais é de que o domínio da dúvida e a busca de verdades, ou seja, ela nos dá respostas, nos dá parâmetros para entender os fatos, os fenômenos, as eventualidades de maneira geral. É a busca por entender o mundo com bases científicas.

ciência como linguagem: é o domínio da linguagem e da interpretação para entender alguma informação que nos passam. Exemplo: uma reportagem num jornal sobre a devastação do meio ambiente numa determinada região. Analisando cientificamente esse fato o aluno deve compreender as consequências dessa devastação para o solo, para o ar, para as pessoas que estão habitam essa região, os motivos pelos quais esta área está sendo devastada, se é uma ação do governo ou de exploradores, enfim, analisar cientificamente é ter um embasamento para ler além do que está escrito. É raciocinar, é compreender, interpretar! Essa é a função da linguagem científica, levar a compreensão. E são inúmeros os exemplos: as informações contidas numa embalagem de alimentos, as bulas de remédios, o manual de instrução de um aparelho, uma notícia na internet; cada exemplo desse deve ser analisado conforme nosso histórico e nossa vida, assim, veremos o impacto e o uso dessa informação para nós. 

Já a ciência como instrumental prático é a ação sobre a interpretação, sobre a análise. É quando decidimos modificar alguma coisa em prol pra praticidade, para aproveitar melhor o tempo e/ou questões financeiras. Para modificar, antes se faz necessário o raciocínio e a análise, constatado isso parte-se para o que fazer para melhorar nesse aspecto. Isso é instrumental prático.

Enfim, a ciência nos dá condições para analisarmos toda a sociedade com seus dados, seus experimentos, seu embasamento. E levar isso para a sala de aula é evidentemente enriquecedor pois gera debate, discussão, aprendizado. E faz com que o aluno se interesse pela aula e pelas questões no seu dia a dia, faz com que o aluno raciocine, pense, interprete.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Vídeo aula 6 - Temas Transversais em Educação


Olá, boa noite à todos =)
Análise da vídeo aula nº 06 da profª Valéria Amorim Arantes.
Seguindo nossa linha de raciocínio sobre a transversalidade e seu papel na escola atual, discutiremos hoje sobre suas diferentes concepções e diferentes práticas.
A profª Valéria fala sobre duas principais concepções da transversalidade. 

A primeira concepção coloca as disciplinas como eixo vertebrado do currículo. Significa que embora a cidadania seja abordada em sala de aula, o objetivo principal da educação são os conteúdos e as disciplinas: língua portuguesa, história, geografia, matemática, etc. Não significa que os temas transversais não sejam trabalhados na escola mas podemos dizer que a cidadania é o segundo plano da educação nessa concepção, e seu objeto principal é o currículo. São práticas dessa concepção: atividades pontuais e específicas; assessoria externa aos professores sobre temas transversais; projetos interdisciplinares; e a transversalidade trabalhada como currículo oculto onde não há uma programação nem uma sistematização sendo que os temas são trabalhados conforme haja oportunidades. 

Essa é uma concepção limitada em termos de cidadania e ética, pois não oferece interdisciplinaridade e coloca os conteúdos como o norte da educação. 

A segunda concepção sobre a transversalidade coloca a cidadania e a formação do indivíduo como eixo vertebrado da educação. Há uma inversão em relação a primeira concepção, os conteúdos deixam de ser a finalidade principal e passam a ser o meio para que seja trabalhada a transversalidade. É importante ressaltar que as disciplinas não deixam de ser importantes, mas nessa concepção, elas ficam em segundo plano na educação ficando a cidadania como objetivo principal. É uma quebra do paradigma, um novo olhar e uma nova maneira de abordar os temas transversais que são os temas corriqueiros da sociedade, temas estes que os alunos esbarram a todo momento e devem ser colocados em evidência para que haja um entendimento e uma internalização sobre aquele determinado assunto. O interessante dessa concepção sobre a transversalidade é que ela procura romper com a especificação e com a separação entre disciplina e problemas/questões da sociedade. Apesar dessa concepção ser indicada ainda há o que melhorar gradativamente. Por exemplo, devemos aprimorar essa concepção de forma que ela busque enxergar o todo e não somente as partes, evidenciando que a integração e a noção de que tudo está interconectado, ou seja, estamos numa rede, numa teia onde tudo é ligado à todos, numa forma de não isolar a escola das questões sociais, mas conectá-la ao mundo em sua volta. 

(disponível em: http://migre.me/bcw7c

Os temas transversais não são os mesmos em qualquer parte do mundo, ele deve ser adaptado e trabalhado de acordo com a cultura local. Cada sociedade escolhe os temas transversais que julguem pertinentes para que sejam abordados na escola, e pode variar por exemplo de escola para escola. Este quadro resume os principais temas transversais trabalhados no nosso país de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais. 

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Vídeo aula 5 - O conceito de transversalidade


Olá boa noite!
Segue mais um texto baseado nas aulas do professor Ulisses Araújo e a aula de hoje teve como tema "O conceito da transversalidade".
Para falar sobre a transversalidade, vamos antes pensar sobre a ciência e sobre a educação de um modo geral.

Ciência: será que as novas e caríssimas drogas de prevenção e cura de doenças, são acessíveis a população? Será que a tecnologia é para todos, independente da classe social? Será que os novos experimentos medicinais chegarão as camadas mais pobres do povo? Será que a ciência é acessível a todos?
A mesma pergunta fazemos à educação: a educação de qualidade chega a todos? Que tipo de educação estamos falando? A quem se destina a educação e a ciência? Estamos falando da educação e da ciência que chega pra maioria das pessoas que conhecemos, 90% da população! O papel da educação e da ciência é falar em nome daqueles que muitas vezes não tem voz, dos menos favorecidos. 

Colocamos como objetivos centrais da educação: a instrução que nada mais é do que os conteúdos disciplinares conforme a cultura de cada povo (português, matemática, história, geografia, etc.) e a formação ética e moral que seria a formação do indivíduo como cidadão crítico, consciente e pensante na sociedade, formação essa que deveria ser em comunhão com a família, escola e pais falando a mesma língua. Porém, nós vivemos um momento em que as instituições têm perdido um pouco seus valores, e isso acontece dentro de nossas casas, no seio familiar. Sendo assim, a família tem atribuído somente a escola a formação ética e moral dos seus filhos; o que vemos é uma transferência para a escola a responsabilidade da conscientização de cada indivíduo. A escola tem que educar sobre assuntos que os pais estão ficando ausentes, assuntos delicadíssimos como violência, sexualidade, drogas, agressão física e verbal, saúde, higiene.
Por outro lado, os professores e os profissionais da educação são formados em suas disciplinas específicas, como eles dominarão tantos assuntos e temas? Nesse momento é que entra em cena a transversalidade. A transversalidade vai fazer com que os professores abordem além da disciplina e do conteúdo programático. Vai trabalhar com projetos que não visem só a aprendizagem escolar, mas temáticas político-sociais que visam a melhoria da qualidade de vida da sociedade em geral. Vai fazer com que assuntos e valores esquecidos pelos responsáveis das crianças sejam abordados e apresentados à elas. Hoje temos a necessidade de apresentar, explicar e exemplificar tais conceitos e bons costumes aos nossos alunos. É no dia-a-dia, gradativamente, que eles vão interiorizando a cidadania, a consciência dos seus atos e de suas ações. Se o aluno não aprende as consequências da violência e das drogas em casa e nem na escola, ele certamente vai aprender de um jeito errado nas ruas. É claro que não podemos generalizar e dizer que todas as famílias perderam seus valores, mas diante do caos (da violência, da falta de respeito) que presenciamos no mundo, podemos concluir que infelizmente a maioria das famílias têm falhado em pelo algum aspecto na educação de seus filhos. 

E quais são os assuntos pertinentes que podemos trabalhar nos chamados temas transversais:
  • Educação com valores;
  • Problemas sociais: drogas, violência, meio ambiente;
  • Conexão da escola com a vida das pessoas, entre muitos outros.

Quando saímos das licenciaturas, saímos com o compromisso de transmitir o conhecimento e também de transmitir a ética e a cidadania para nossos alunos, então é por isso que um professor não pode se eximir da responsabilidade de trabalhar tais temáticas, principalmente pela ausência da família nesse aspecto. 

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Vídeo aula 2 - Os caminhos da interdisciplinaridade

Olá, boa noite à todos.
Hoje vamos conversar sobre a 2ª vídeo aula do professor Ulisses Araújo onde ele explica cronologicamente os caminhos percorridos até que se chegasse ao conceito da interdisciplinaridade. Conceito este que vou explicar melhor no final do post para não atropelar os vários conceitos que serão analisados ao longo do texto.

Para entender melhor o que é interdisciplinaridade e a sua importância, vamos voltar no conceito de pensamento simplificador de Edgar Morin, que é uma análise do autor sobre a história da ciência e a organização do pensamento nos séculos XVII, XVIII e XIX. Para Edgar Morin, o pensamento simplificador estrutura o pensamento de uma forma unilateral. O pensamento simplificador baseia-se em três princípios:

- Disjunção: que é a separação dos tipos de conhecimentos. Disciplinarização.
- Redução:  faz com que o complexo seja analisado de uma forma simplista, a partir da disjunção. Analisa a parte, e não o todo.
- Abstração: construção do pensamento através da matematização e da lógica. É como se todo fosse dividido em partes, e as partes subdivididas em peças.

Para Morin, o pensamento simplificador contribuiu com a construção de novos conhecimentos, elucidação de fenômenos, além de contribuir para o progresso da ciência e da qualidade de vida das pessoas do século XVII ao XX.
A partir do séculos XX surge a necessidade de superar essa disciplinarização do pensamento simplificador, que torna-se obsoleto. Surgem aí, três movimentos para essa superação:

- TRANSDISCIPLINARIDADE: busca o entendimento além da disciplina, pode nascer daí uma nova disciplina. Exemplo: um estudo da sociedade que vai além da Sociologia.

- MULTIDISCIPLINARIDADE: quando várias disciplinas estudam o mesmo objeto simultaneamente, mas não há uma integração entre elas. Exemplo: a cidade em que vivemos: a história estuda como ela nasceu, a geografia estuda sua localização e seu espaço físico, a sociologia estuda o modo de vida dos munícipes, a biologia estuda seus rios, flora e fauna.

E finalmente chegamos no conceito principal, conceito este que ao meu ver é o mais rico entre todas essas formas de estudo e de construção do pensamento que foi escrito até aqui. As pessoas estão conectadas umas as outras e não só pela redes sociais, mas pelas redes de trabalhos, de interação, de escolarização, de socialização. Vivemos numa sociedade em rede, então nada mais justo e interessante que estudar as disciplinas da mesma forma, fazendo com que haja uma interligação entre elas:

(disponível em http://migre.me/aXhZp)


- INTERDISCIPLINARIDADE: estudar determinado objeto de forma que as disciplinas conversem entre si. Fazer com as disciplinas se unam para tornar aquele objeto inteligível e compreensível ao alunos ou a quem quer esteja estudando. Agregar uma disciplina à outra. Exemplo: aplicar um projeto onde os professores entrelacem suas disciplinas nas disciplinas de seus colegas, fazendo com que este projeto seja muito mais interessante e estimulante para o aluno. Estudar determinado objeto sem ignorar as explicações e fundamentações das outras disciplinas. Transparecer para os alunos que todas as visões acerca do assunto são indispensáveis para o entendimento.

Estudar de modo interdisciplinar torna a compreensão mais rica, mais completa, mais complexa, mais atrativa, mais estimulante. Muitas vezes os alunos perdem a vontade de estudar por acharem que aquele conteúdo não é importante para sua vida e para o seu dia-a-dia. Qualquer esforço para que a escola seja mais atraente aos olhos do aluno é válida e deve ser valorizada, mas fazer com quem todos se unam para que o aluno chegue em determinada conclusão, em determinado entendimento, é uma atitude digna de respeito e admiração. Por isso a interdisciplinaridade deveria ser um dos movimentos de maior aceitação e empolgação por parte dos professores.

(disponível em http://migre.me/aXimz)

sábado, 29 de setembro de 2012

Vídeo aula 1 - Revoluções Educacionais

Boa tarde à todos.
Esse é o primeiro post do Módulo 1 dentro da disciplina Temas Transversais e vai falar sobre as Revoluções Educacionais.

Na vídeo aula 1 o professor Ulisses Araújo se baseia no autor José Esteve e em seu livro "A 3ª revolução educacional". Ele estabelece um parâmetro entre a escola de antes e a escola de hoje, seus principais desafios e problemas. Para entendermos a escola atual é necessário olharmos para trás e entender a história da escola, a história da educação.

1ª revolução educacional

A 1ª revolução educacional aconteceu no Egito, aproximadamente há 2500 anos atrás. Era um educação exclusiva da Aristocracia, ou seja, apenas filhos dos faraós e de pessoas nobres da sociedade tinham algum nível de instrução. Os professores eram chamados de preceptores pois cada professor atendia a um aluno por vez, era uma educação individualizada. Esses preceptores eram contratados para cuidar da vida acadêmica e escolar daquela criança até sua fase adulta. Os alunos aprendiam: matemática, aritmética, gramática, astronomia, geometria entre outras disciplinas.
 Esse modelo de escola da primeira revolução educacional se estendeu até o século XVII. 

2ª revolução educacional

A 2ª revolução educacional aconteceu com as consolidação dos Estados Europeus no início do século XVIII. Era um contexto histórico do fim do feudalismo para o início da nacionalização dos países europeus e principal medida que marca a 2ª revolução educacional é um decreto do Rei Frederico Guilherme II da Prússia que estabelece em 1787 que a educação deve ser pública e sob responsabilidade do Estado (até então a Igreja se responsabilizava pela educação). 
Embora o decreto afirmasse que a educação era pública, não podemos dizer que a escola era para todos. 


Observando a imagem podemos concluir que a escola era aberta apenas aos meninos. Na foto ainda há alguns alunos de cor parda, porém no século XVIII apenas as crianças brancas frequentavam a escola. Podemos notar claramente que havia uma homogeneização dos alunos e apenas 10% das pessoas tinham acesso a escola. Outra característica dessa escola e que ainda é um modelo até os dias atuais é a organização da sala: alunos enfileirados, sala fechada e professor à frente.
Nessa escola homogeneizada não cabiam alunos com qualquer tipo de dificuldade de aprendizagem ou qualquer tipo de deficiência. A escola era apenas para os meninos que se encaixavam no padrão daquela sociedade.

3º revolução educacional

Chegamos então à 3ª revolução educacional que agrega a escola dos dias de hoje. A 3ª revolução tem como início o século XX nos países europeus, e as décadas de 70 e 80 (aproximadamente) no Brasil.
O grande marco é a universalização do acesso à educação que ocorre concomitantemente com a democratização da sociedade contemporânea. Agora podemos dizer que a escola é para todos, independente das diferenças sociais, econômicas, raciais, psicológicas, religiosas, ideológicas, culturais e de gênero. A grande questão e o grande desafio dessa escola que trabalhamos e que colocamos nossos filhos é:

- Como uma escola que foi projetada no século XVIII, para uma sociedade padronizada, vai suprir os problemas de hoje numa sociedade completamente pluralizada?
- Como um modelo que funcionava para 10% da população vai funcionar para 100% da população?

Não vai funcionar. Por isso a necessidade da reinvenção da escola. Precisamos pensar num novo modelo que atenda a todos os alunos e que dê suporte para os professores e funcionários. Precisamos pensar num modelo de educação que atenda a pluralidade de alunos e que ofereça: acessibilidade, equidade e qualidade. Esse é o nosso desafio como profissionais da educação.



Visualizações de página