Olá, bom dia a todos e um excelente início de ano!
Hoje vamos conversar sobre os distúrbios alimentares que geralmente ocorrem na adolescência mas também podem ocorrer na infância. Sabemos que quanto mais equilibrado nosso modo de vida, mais saudável ele é e isso também se encaixa na alimentação. Nossa alimentação é o reflexo da nossa saúde, e devemos transmitir tais ensinamentos para nossas crianças na sala de aula, principalmente se identificarmos entre elas algumas que indicam uma probabilidade de sofrer transtornos alimentares.
Os distúrbios alimentares ocorrem por uma combinação maléfica de diversos fatores entre os quais: fatores psicológicos, fatores biológicos, fatores genéticos, fatores socioculturais. Vivemos numa sociedade que cultua o corpo extremamente magro, e esse culto exagerado à beleza deturpa o que os jovens julgam bonito e o que eles querem seguir. A adolescência por si só já é um período bastante complicado e complexo, e com a interferência de valores e modos de vida desregulados torna-se uma fase onde devemos ter bastante atenção e cuidado com nossos alunos, parentes e conhecidos. Nosso corpo muda muito na adolescência e temos um aumento da necessidade de proteínas, vitaminas e da carga energética. Porém, qualquer exagero ou falta pode ocasionar danos e doenças. O ideal é seguir a pirâmide alimentar indicada abaixo por nutricionistas e médicos:
(Disponível em http://migre.me/cDjtb)
Sobre os distúrbios alimentares, existem os três mais predominantes na nossa sociedade: anorexia, bulimia e obesidade.
Anorexia: Anorexia é um transtorno alimentar no qual a busca implacável por magreza leva a pessoa a recorrer a estratégias para perda de peso, ocasionando importante emagrecimento. As pessoas anoréxicas apresentam um medo intenso de engordar mesmo estando extremamente magras. Em 90% dos casos, acomete mulheres adolescentes e adultas jovens, na faixa de 12 a 20 anos. É uma doença com riscos clínicos, podendo levar à morte por desnutrição. Não existe uma causa única para explicar o desenvolvimento da anorexia nervosa. Essa síndrome é considerada multideterminada por uma mescla de fatores biológicos, psicológicos, familiares e culturais. Alguns estudos chamam atenção que a extrema valorização da magreza e o preconceito com a gordura nas sociedades ocidentais estaria fortemente associada à ocorrência desses quadros.
Bulimia: A Bulimia é um transtorno alimentar que se caracteriza pela ingestão de grandes quantidades de alimentos (episódios de comer compulsivo ou episódios bulímicos), seguidos por métodos compensatórios, tais como vômitos autoinduzidos, uso de laxantes e/ou diuréticos e prática de exercícios extenuantes como forma de evitar o ganho de peso pelo medo exagerado de engordar. Diferentemente da anorexia, na bulimia pode não haver perda de peso, e assim médicos e familiares têm dificuldade de detectar o problema. A doença ocorre mais frequentemente em mulheres jovens, embora possa ocorrer, raramente , em homens e mulheres com mais idade.Assim como na anorexia, a bulimia é uma síndrome multideterminada por uma mescla de fatores biológicos, psicológicos, familiares e culturais. A ênfase cultural na aparência física pode ter um papel importante. Problemas familiares, baixa autoestima e conflitos de identidade também são fatores envolvidos no desencadeamento desses quadros.
Obesidade: É uma enfermidade caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal, associada a problemas de saúde, ou seja, que traz prejuízos à saúde do indivíduo. Para muitas pessoas, a obesidade e o sobrepeso são causados por um desequilíbrio no metabolismo energético. Vários fatores contribuem para a obesidade, além do desequilíbrio do balanço energético. Dentre eles, podemos citar os seguintes:
- Sedentarismo (ou falta de atividades físicas).
- Fatores ambientais (falta de espaço para lazer, falta de tempo para praticar atividades físicas para pessoas que trabalham muito, grande quantidade de “fast foods” e lanchonetes de lanches rápidos, dificuldade de encontrar alimentos saudáveis em determinados locais).
- Fatores genéticos e história familiar: As chances de um filho se tornar obeso são grandes quando os pais também são obesos.
- Problemas de saúde.
- Fatores emocionais: algumas pessoas comem mais quando estão chateadas, estressadas ou nervosas.
Enfim, depois de tanta informação agora podemos discutir e enfatizar o problema em sala de aula, conversar com nossas crianças, orientá-las e procurar ajuda se houver necessidade ou a probabilidade de que alguma criança entre num desses distúrbios alimentares.
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