quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Vídeo aula 07 - Crescimento e desenvolvimento ponderal e hábitos alimentares

Boa tarde à todos, seguimos hoje com a aula sobre Crescimento e desenvolvimento ponderal na disciplina Saúde na escola. 
Qual a importância para nós professores entendermos um assunto específico como esse? Oras, nós lidamos com crianças e jovens, e se esta criança ou jovem não tiver um crescimento adequado é um alerta de que há algo errado na saúde dessa criança. Devemos observar a criança na sala de aula e se em caso de observarmos alguma coisa fora do comum, devemos orientar e advertir os pais imediatamente. Mais do que professores, somos humanos, e devemos cuidar uns dos outros. Ainda mais quando tratamos de crianças.

O crescimento varia de criança para criança e sua estatura é um resultado de influências genéticas, sociais, psicológicas e nutricionais. O crescimento é nada mais que a maturação óssea. Na primeira  infância (entre 1 e 3 anos) o que faz a criança crescer é uma nutrição adequada. Na segunda infância (entre 4 e 8 anos) o fator determinante para o crescimento são os hormônios e na puberdade (entre 9 e 17 anos) o que faz a criança crescer são seus caracteres sexuais secundários. A puberdade é o único período de aceleração do crescimento depois do nascimento.

E qual a importância de observar o crescimento da criança? Simplesmente para comparar se seu crescimento segue um ritmo dentro das normalidades, para identificar possíveis riscos de doenças genéticas, hormonais ou sobrepeso/desnutrição.

Como acompanhar o crescimento da criança? Através de gráficos de crescimento, avaliando estatura, peso e o Índice de Massa Corporal (IMC), e pelos caracteres sexuais secundários. 

O que influencia o crescimento da criança? Atividade física, sono, nutrição e doenças.

Qual a importância de observar o Índice de Massa Corporal (IMC)? Com o IMC podemos identificar se a criança tem tendências para a obesidade ou se ela está desnutrida. Em qualquer um dos casos, essa criança precisa de um acompanhamento para que sejam evitadas doenças sérias como a diabetes, a hipertensão, problemas na coluna, problema de falta de proteínas e vitaminas no organismo.

(Disponível em: http://migre.me/c8rsO)

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Vídeo aula 06 - Educação Comunitária e questões de gênero na escola

A professora Valéria Arantes nos fala nessa vídeo aula sobre um projeto interdisciplinar e transversal que ela coordenou numa escola na cidade de São Paulo: um projeto sobre as questões de gênero.
O primeiro desafio foi o questionamento dos professores do motivo do projeto; segundo eles, esse era um tema que não tinha nada a ver com a escola. Porém assim como a professora Valéria Arantes explicou e eu concordo absolutamente, as questões de gênero fazem parte de uma educação voltada para a cidadania e infelizmente temos que falar de tais assuntos com nossos alunos porque tais assuntos estão presentes nas suas vidas pessoais. Não existe uma educação comunitária que não estude a realidade do aluno, que não faça uma sondagem profunda sobre a vida daquela comunidade escola, não existe educação para a cidadania se a escola não conhece a vida que acontece na sociedade a sua volta.

O projeto da professora Valéria consistia em duas principais frentes de trabalhos: investigação e intervenção. A investigação foi a parte do projeto onde ela buscou e analisou dados fornecidos pelos alunos sobre a realidade e os conflitos de gênero que eles presenciavam na família. A intervenção seria um trabalho de conscientização com os alunos sobre tais conflitos. Observou-se que os conflitos se dividem em: conflitos amorosos, conflitos por traição, conflitos por separação, violência verbal e/ou física contra o homem, violência verbal e/ou física contra o casal, violência verbal e/ou física contra a mulher. Infelizmente a maioria das nossas crianças vivem num ambiente familiar marcado por pelo menos um desses conflitos. Nossas crianças presenciam o tempo todo discussão e agressão dos seus pais, por esse motivo é necessário que a escola faça um trabalho de conscientização com os alunos que vise a resolução dos conflitos. Mas, a escola precisa fornecer uma formação para que os conflitos sejam resolvidos baseados em princípios éticos, morais e justos. A escola não pode se ausentar num tema tão importante e tão frequente na vida dos alunos e se queremos formar cidadãos mais dignos e honestos, temos que promover esses tipos de diálogos e discussões para que os alunos percebam as melhores formas de resolução desses conflitos. 

Outro dado importante que a professora Valéria quantificou foi a forma que os alunos resolveriam o problema de gênero. Pode ser dividido em três formas: categoria não moral - onde as pessoas não recorrem aos princípios éticos e justos para a resolução do conflitos; categoria mágica - onde as pessoas transferem ou ignoram a situação colocando a culpa em Deus ou no outro exclusivamente; e categoria moral - onde as pessoas resolvem o conflito recorrendo à ética e à justiça. Depois do trabalho de intervenção, a pesquisa da professora Valéria nos mostra que houve um aumento significativo na resolução dos conflitos com a categoria moral. Ou seja, todo o trabalho de CONSCIENTIZAÇÃO e intervenção vale muito a pena para que os alunos interiorizem os bons princípios de ética e de justiça e para que percebam nesse tema especificamente que somos homens e mulheres iguais e diferentes ao mesmo tempo. Nós como professores temos o compromisso social de promover a conscientização dos nossos alunos em todos os aspectos possíveis para que os alunos saiam da escola com a educação e a cidadania  enraizados dentro de si. Parabéns à professora Valéria Arantes e a sua equipe de pesquisa. Posso dizer por mim mesma que antes dessa vídeo aula enxergava as questões de gêneros de uma forma bem limitada e reducionista. Depois dessa vídeo aula eu percebi a importância que falarmos sobre tais temas com nossos alunos para que tentemos promover uma sociedade cada vez mais justa e harmoniosa.


Vídeo aula 5 - Protagonismo juvenil e participação escolar

(Disponível em http://migre.me/c6pi0)

O protagonismo juvenil tem como objetivo proporcionar uma educação onde o aluno deixa de ser um sujeito passivo e torna-se um sujeito ativo na escola. É uma ruptura do antigo padrão escolar em que o aluno não tem voz e não tem escolhas. A escola atual tem que preparar seus alunos para a vida em sociedade, ou seja, estimular a participação efetiva dos alunos na sociedade e essa iniciação deve começar na escola. 

Paulo Freire nos diz que "ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidade para a sua própria produção ou a sua construção". Entendo que Paulo Freire nos diz para não "passarmos" conhecimento aos nossos alunos mas levá-los à compreensão do objetivo estudado, levá-los e instigá-los à descoberta, ao fascinante universo do aprendizado. Esse frase de Paulo Freire tem tudo a ver com o protagonismo juvenil pois é através da possibilidade da descoberta que os alunos devem aprender,  não de forma forçado, mas de forma instigante. É uma das metodologias ativas de aprendizagem: que leva o aluno à problematização dos fatos, e a contextualização das situações. Quando um aluno é ensinado a se questionar, automaticamente, ele deixa de aceitar passivamente tudo que lhe impõem e começa a procurar o verdadeiro sentido daquele ensinamento e/ou daquela regra. E esse aluno levará seus questionamentos para sua vida social. Já sabemos que os valores internalizados e compreendidos são de fato eficientes e sinceros na pessoa, mas nada que é forçado ou imposto é visto com bons olhos.

Cabe a nós professores e escola estimularmos uma educação voltada para a conscientização e para a cidadania e um grande e importante passo para tal é valorizando a participação escolar. Dando voz aos nossos alunos, ouvindo suas queixas e aquilo que eles gostam na escola, promovendo assembleias e reuniões onde são discutidos os problemas e as possíveis soluções do meio escolar. Só assim caminharemos para uma real democracia escolar, quando o aluno finalmente for visto não como um problema, mas como um sujeito ativo e participante da escola.

(Disponível em http://migre.me/c6pqe)

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Vídeo aula 04 - Saúde do professor

Nessa vídeo aula, a professora Paula Fernandes falou sobre três aspectos principais para a saúde do professor: a voz, a postura e o estresse.

Voz


A voz é o principal instrumento de trabalho do professor e por isso ele precisa aprender a usá-la da forma correta. O uso incorreto da voz pode trazer doenças e desconforto vocal, então, nós educadores devemos procurar orientação sobre o timbre e a colocação correta da nossa voz. O dia a dia do professor é bem desgastante e sabemos que ele usa a voz o tempo todo, então, se não cuidamos bem dela, como iremos trabalhar? A hidratação também é importante, principalmente em épocas de tempo seco. 

Postura















A postura é fundamental para a prevenção de dores. Ninguém consegue trabalhar bem com dor, então melhor prevenir do que remediar. Notamos que temos maus hábitos em relação a postura também: o modo de sentar as vezes desleixado, ombros caídos, carregar excesso de peso em bolsas e mochilas. Então, para a melhora da postura devemos sempre manter a coluna ereta e aprender a sentar corretamente, nos abaixar corretamente e nos alongar frequentemente, já que o sedentarismo também atrapalha a qualidade de vida.

Estresse














E por último devemos cuidar da nossa saúde psíquica. O estresse é uma explosão de sentimentos bons ou ruins e tem três fases que devemos nos atentar: a fase do alerta que são os primeiros sintomas, a fase de resistência - quando tais sintomas são duradouros e persistentes e a fase da exaustão que é quando chegamos no limite e perdemos toda energia e equilíbrio psicológico. O estresse do professor pode ser causado por diversas causas: sobrecarga de trabalho, falta de tempo para o lazer, falta de recursos para ensinar, salários baixos, desvalorização da profissão, ambiente de trabalho instável e negativo, problemas pessoas, sistema de ensino deficiente. Enfim, para sanar todas essas causas e conseguir lidar bem com as diversas situações do dia a dia temos que estar bem conosco mesmos, procurar manter um equilíbrio emocional, buscar ajuda de amigos e da direção, não nos cobrar excessivamente e fazer aquilo que é possível, sempre olhando o lado positivo por pior que seja a situação. Há várias terapias e alternativas para a busca da saúde mental, cabe a nós identificarmos algumas dessas alternativas que combinem com nossa personalidade e colocá-la em prática em prol da qualidade de vida.

Vídeo aula 3 - Introdução: saúde na escola

Ola, boa noite amigos!
Iniciamos hoje uma nova disciplina dentro do segundo módulo do nosso curso. Disciplina esta que particularmente, acho essencial para a rotina escolar tanto para professores quanto para os alunos: vamos falar sobre saúde na escola.
Mas por que falar sobre saúde na escola? Oras, porque a saúde deve ser questão prioritária em nossas vidas. Podemos viver situações complexas, mas nenhuma situação é tão desgastante quando se trata de saúde e de qualidade de vida. A sociedade moderna, infelizmente, não tem se atentado para a importância da saúde devido a vários fatores: falta de tempo, estresse, desinteresse. Porém, sem saúde nós não conseguimos levantar da cama para enfrentar o maior de todos os desafios que é cada dia de nossas vidas. A saúde está intimamente associada à qualidade de vida, sendo assim, quanto mais saudáveis física e mentalmente, mais qualidade de vida teremos. E estamos falando do nosso próprio corpo e da nossa mente, quem não cuida de si mesmo não pode cuidar do outro, não é mesmo? É fundamental olharmos para nossos hábitos diários e refletir sobre eles, refletir se estamos nos cuidando como deveríamos, se estamos cuidando da mente e do corpo como eles merecem. Ninguém vive na felicidade completa e nem na tristeza absoluta, nós como seres humanos devemos buscar interiormente nosso equilíbrio - físico e mental. 

Observando dados sobre a mortalidade no país podemos observar que a principal causa das mortes são, consecutivamente: derrame, doenças coronárias, e causas externas (como a violência). Sendo que as duas primeiras podem ser prevenidas com medidas simples e hábitos saudáveis. 
Dentro da disciplina veremos tópicos sobre saúde que devemos observar em nós, e nos nossos alunos. Como educadores temos como obrigação por zelar e manter a qualidade de vida dos alunos, ao menos na sala de aula, no nosso espaço de convivência. Somos os responsáveis por eles enquanto eles estão sobre nossa presença, no momento diário de aula. Sendo assim, como educadores, devemos zelar pela saúde dessa criança, pois o aluno é um ser humano e deve ser respeitado com total integridade. Veremos entre outros tópicos: crescimento físico, hábitos alimentares saudáveis, afetividade e sexualidade, violência física, drogas, o consumismo desenfreado divulgado pela mídia, estresse e a ansiedade, depressão e a nossa própria saúde, como educadores. Enfim, acredito que todos os professores esbarram com esses problemas de saúde dentro da sala de aula, então nada mais interessante e enriquecedor do que aprender um pouco sobre tais problemas para que possamos ajudar, orientar e buscar a prevenção de doenças e a qualidade de vida. 

(Disponível em http://migre.me/bGM13)

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Vídeo aula 2 - Fórum escolar de ética e de cidadania

O Ministério da Educação criou um programa intitulado "Programa ética e cidadania" que foi disponibilizado em todas escolas do país. Esse programa consiste num apêndice para a formação crítica, democrática e cidadã dos alunos e tem quatro eixos de atuação: ética, convivência democrática, direitos humanos e inclusão social. E a essência desse programa é o fórum escolar de ética e de cidadania. 

Esses fóruns são reuniões que a escola promove com toda a comunidade a sua volta. Quando falamos de educação comunitária falamos de estreitar os laços da comunidade escolar. Comunidade escolar que compõem-se de todos aqueles que vivem ou atuam nos arredores da escola: não só a família, mas também comerciantes do bairro, ONG´s, polícia militar, representantes da área de saúde, os próprios alunos, etc. É como se a escola convidasse esses outros agentes sociais para discutir os problemas vivenciados pelo entorno para uma possível solução. Não são necessariamente assuntos escolares, mas assuntos gerais do bairro em que a escola está inserida. As reuniões tem esse objetivo de esclarecer a comunidade sobre os problemas ocorridos e buscar soluções para o enfrentamento. 

A comunidade é chamada para adentrar a escola, e a escola é chamada para adentrar a comunidade num enriquecedor estreitamento de laços onde todos se beneficiam e buscam se ajudar. O fórum pode articular parcerias com outros setores para enfrentar determinado problema, ou convidar especialistas de diversas áreas para esclarecer alguma situação para a comunidade, pode sugerir projetos interdisciplinares e transversais para que os alunos discutam algum aspecto, pode promover políticas de ação social dentro da comunidade, pode avaliar o que está sendo feito e como está sendo feito. Enfim, é um espaço democrático onde o que prevalece é o bem comum da comunidade. E o mais interessante é inserção e a participação do aluno em todo esse processo e em todos esses fóruns, para que eles conscientizem-se sobre seu papel como sujeito histórico-social e despertem sua consciência crítica e cidadã.

(Disponível em http://migre.me/bF6QZ)

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

Vídeo aula 1 - A escola e as relações com a comunidade

Olá, boa noite à todos. 
Iniciamos hoje o segundo módulo do curso "Ética, valores e cidadania na escola".
Módulo II - Educação Comunitária e para a cidadania.
Educação comunitária é uma educação que agrega a realidade social e a cultura do aluno nos conteúdos de aprendizagem, nas disciplinas, na rotina escolar. 

E, na aula de hoje vimos sobre a importância da articulação entre escola e comunidade. Entendemos como comunidade escolar todo o entorno da escola: o bairro, as famílias que ali vivem, os comerciantes que ali trabalham, as fábricas que ali produzem, a polícia, enfim, tudo que envolve o entorno da escola é a comunidade escolar. E a rotina dessa comunidade e seus problemas devem fazer parte do currículo da escola, a escola tem que estar dentro da comunidade e a comunidade tem que estar dentro da escola. Mas não de forma desassociada como acontecem com alguns programas de fim de semana onde o que se vê não tem nada a ver com a escola nos dias da semana. A escola que abre no fim de semana tem que ser uma continuação da escola de todos os dias. E para que essa articulação aconteça, o professor Ulisses Araújo nos descreve três movimentos diferentes que leva a escola na comunidade e a comunidade para a escola.

1º movimento - para "fora" da escola
É a capacidade de olhar o entorno como espaço de aprendizagem. Levar os alunos para fora dos muros da escola e estudar/problematizar/analisar com eles a situação do bairro em que eles vivem. E é uma forma do professor também conhecer a realidade social de seus alunos e assim o professor contribui com a reinvenção da escola. Saindo do paradigma da sala de aula, em que o conhecimento só pode ser transmitido na escola. O conhecimento está em todos os lugares, o que falta é alguém que desperte nos alunos essa capacidade de reconhecer.

2º movimento -  para "dentro" da escola
Depois de analisar e problematizar, é hora de levar as observações dos alunos para a sala de aula para que seja feita uma síntese do trabalho, planejar o que pode ser feito pela comunidade, o que pode ser melhorado. Ações efetivas de conscientização dos problemas sociais vividos por aquela comunidade. Uma vez que sua realidade está inserida no currículo escolar, o aluno desperta para as causas e para as soluções dos problemas que ele convive.

3º movimento - o protagonismo dos estudantes
Todas essas ações de levar os alunos para observar o seu bairro, depois levar as questões levantadas para dentro da sala de aula tem como objetivo central desenvolver o protagonismo dos alunos, de forma que eles passam a ter consciência crítica, dinâmica e autônoma da sua vida social. Conscientizar os alunos que ele faz parte da comunidade, sendo também responsável pelo entorno. Conscientizar os alunos que quem faz a sociedade somos todos nós, e que todos temos nosso papel para que a sociedade seja harmoniosa e saudável. Conscientizar que a escola não é diferente da comunidade que ele vive, que ambas caminham juntas em prol da aprendizagem e do conhecimento.

(Disponível em http://migre.me/bBwd8)

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Vídeo aula 28 - O fenômeno do Bullying

(Disponível em http://migre.me/bvgsV)

O fenômeno do Bullying não é recente, suas primeiras pesquisas datam de 30 anos atrás, mas, o que aconteceu na sociedade para que as brincadeiras de mal gosto de antigamente se tornassem num problema tão grave como vemos hoje? O problema do bullying, a indisciplina, a ausência dos pais na vida escolar de seus filhos e todos os problemas da escola atual derivam de um problema estrutural: a falta ou a perda dos valores morais. E esse é o motivo para estarmos aqui, estudando a ética, os valores e a cidadania na escola. Se não fosse um problema nós não precisaríamos estudar, mas é um problema enorme que deriva todos os outros. Faltam valores de respeito, de tolerância, de solidariedade, de colaboração, de aceitação! E não é um problema de cunho escolar apenas, é um problema sistêmica de uma sociedade carente de ética e de cidadania. Temos um quadro repleto de anomias sociais acontecendo em todos os aspectos. O problema é bem amplo e ao meu ver tem haver com o modo de vida consumista, a sociedade imediatista, capitalista, e a ganância do TER, em contrapartida da ausência do SER. Mas enfim, vamos ao bullying:

Antes de mais nada precisamos entender, o que é afinal o Bullying?
- São atitudes agressivas, intencionais e repetidas que ocorrem sem motivação evidente. Tem uma duração prolongada e geralmente não tem motivos. Exemplos: xingamentos, humilhação, difamação, constrangimento, ameaça, perseguição, agressão física e etc. 
Segundo dados da ABRAPIA (Associação Brasileira Multiprofissional de proteção à Infância e à Adolescência), aproximadamente 40% das crianças sofrem bullying dentro da sala de aula e na presença de um adulto; 50% não falam sobre o problema para os professores ou para os pais com medo de represálias. 

Qual o perfil das vítimas?
É necessário salientar que o perfil das vítimas se dá pelo acúmulo de várias características e não apenas uma delas: geralmente a criança é introvertida, tímida, tem dificuldade para interagir, tem alguma característica diferente que sai do padrão (usa óculos, tem sobrepeso...), pode acontecer com os hiperativos e impulsivos, e podem deslocar de vítimas para agressores.

Qual o perfil dos agressores?
São crianças ou jovens que tem dificuldade para respeitar regras, tem espírito de liderança, não aceitam frustrações, cometem pequenos delitos, tem baixo desempenho escolar, são desafiadores, agressivos e por vezes mentirosos. Alguns agressores passam por problemas pessoais e agem dessa forma como um meio de descontar todas as frustrações e chateações.

Os expectadores são tão culpados quanto os agressores, porque eles são o "público" dos agressores. Não existiria bullying se os colegas não achassem engraçado ou estimulassem. Os expectadores contribuem para o crescimento e para a permanência do bullying nas escolas. Hoje também temos o crescimento do Cyberbullying, que é um bullying virtual feito através da internet ou pelas redes sociais. É umas forma mais ampla e mais difícil de combater porque os agressores são anônimos; tem uma dimensão multiplicador muito maio devido a conectividade das pessoas e é passível de ação penal, caso identificado.

Algumas consequências:  a vítima do bullying pode ter uma forte tendência a isolar-se do grupo, fecha-se na timidez, adquire medo de falar em público, apresenta uma queda no rendimento escolar, pode sofrer de fobia escola (medo da escola, inventa motivos para faltar à aula), ficam irritadas, tristes e nos casos mais graves desenvolvem a depressão, a anorexia, a bulimia, o síndrome do pânico e até mesmo o suicídio e o homicídio. 

Como a escola deve agir?
Buscando a construção dos valores morais, do respeito ao próximo, da tolerância, do respeito à diferença por meio de conscientização. Promover um ambiente escolar que transmita confiança, solidariedade e cooperação para os alunos com regras e limites que devem ser cumpridos rigidamente e acima de tudo promover a democratização da escola, onde todos tenha oportunidade de expor seus sentimentos, problemas, felicitações; um ambiente que promova a cidadania e a busca do bem estar coletivo; um ambiente que promova assembleias com toda a comunidade escolar para que TODOS exponham problemas e busquem alternativas e soluções. Eu acredito nesse caminho e acho que somente com escolas democráticas nós poderemos mudar o quadro da educação brasileira. 


Vídeo aula 27 - Práticas de Cidadania

(Disponível em http://migre.me/bvdaQ)

Antes de falarmos sobre Práticas de Cidadania para comunidades devemos entender a dinâmica e a vida social dessa comunidade, para depois pensar em modos de intervenção.
Devemos nos atentar para que a realidade social de cada grupo é um longo processo de construção histórico-cultural. Nenhuma comunidade nasce do jeito que conhecemos hoje, ela teve seu início e sofreu transformações ao longo de todo o tempo em que ali vivem - transformações econômicas, transformações estruturais, transformações históricas... E, cada indivíduo é um sujeito histórico da sociedade, com direitos e  deveres que devem resguardar a cidadania e o bem estar da comunidade. Cada indivíduo tem um papel na sociedade, seja ele estudar, seja ele trabalhar, seja ele ter uma família, seja ele um empresário. E cada um de nós somos frutos de um Representação Social daquilo que almejamos ser, ou seja, cada indivíduo tem uma referência para se espelhar e influenciar. Todas essas questões e muitas outras que não foram aqui discutidas, determinam e integram a realidade social daquela comunidade. São vários pequenos itens de cunho político, psicológico, sociológico, histórico que tecem essa rede que entendemos como realidade social.
E, para intervir em qualquer comunidade, devemos nos atentar para todas as representações dessa realidade social. Não há maneiras de intervenção sem antes estudar a fundo a realidade, as crenças, a cultura do lugar, até porque dados científicos tem pouca força perto daquilo que a comunidade crê. Não adiante chegar impondo qualquer situação que agrida a cultura desse lugar, temos que respeitar integralmente essa cultura e a especificidade de cada lugar; e se de fato uma intervenção tenha que agregar algum fundamento na cultura, isso deve ser feito com muita cautela e sensibilidade de como que as pessoas não se sintam ofendidas, mas ajudadas. As práticas de cidadania tem que reconhecer a realidade para não agir desrespeitosamente e para alcançar o objetivo esperado. 

Existem algumas etapas que devem ser cumpridas para a elaboração de projetos de atenção direta à comunidade. Projetos estes que podem ser pela promoção da saúde, pela promoção da educação, pela promoção da conscientização. São exemplos: projetos para diminuição do tráfico de drogas, projetos de alfabetização, projetos que levem informação aos moradores acerca de trabalho, estudo, emprego. Enfim, são infinitos os problemas sociais, sendo assim, infinitos modos de intervenção. Vamos as etapas de elaboração do projeto:

* Caracterização da comunidade: conhecer, aprofundar, contextualizar a dinâmica da vida daquelas pessoas, suas culturas e suas crenças. São feitos através de diálogos, entrevistas, debates com os moradores;

* Criação de parcerias: eleger representantes de dentro da comunidade para agir acompanhar  de perto o projeto, seria como se fosse a voz da comunidade;

* Levantamento de demandas: especificar as questões urgentes e o que deverá ser feito naquela comunidade visto suas necessidades e carências;

* Problematização das demandas: aprofundar nas necessidades e carências e tentar buscar a raiz do problema;

Cumpridas essas etapas o projeto conta ainda com o objetivo que deverá ser alcançado, a definição do público alvo, as metodologias e as estratégias de intervenção, os resultados esperados na comunidade e o cronograma. Ou seja, um projeto que vise a prática da cidadania deve ser muito bem elaborado e planejado, não podemos chegar na casa de um amigo querendo mudar seu modo e visão da vida. Devemos agir primeiro pela conscientização, levantar dados para provar que está acontecendo ali algo que prejudica-o de alguma forma e que há melhores maneiras de contornas os problemas.  

Vídeo aula 26 - Estratégias de Projetos e Educação em valores

Olá, boa tarde!
Hoje vamos ver como o trabalho com projetos interdisciplinares e transversais podem auxiliar na tão carente construção da educação em valores.
Como já vimos o projeto interdisciplinar é uma forma de trabalhar temas que não estão nos conteúdos programáticos e trabalhá-lhos agregando várias disciplinas para que o objeto do conhecimento fique claro na cabeça das crianças. Só por ser um jeito diferente de estudar, já é um atrativo para os alunos, eles demonstram mais interesse e dedicação nas etapas dos projetos. O projeto se tornará ainda mais interessante e útil se agrega problemas e/ou questões sociais do entorno e da vivência dos alunos.
Sendo assim, trabalhar com temas de cunho social, ou trabalhar a cidadania ficará mais fácil para o entendimento dos alunos, porque eles não terão a explicação de apenas uma disciplina, mas as disciplinas vão se aliar e dialogar para que fique clara a compreensão. 
Por exemplo: as eleições passaram a poucos dias então porque não trabalhar com eleições num projeto transversal? A língua portuguesa fica encarregada das produções textuais, a História explicaria todo o processo de democratização do Brasil e a importância do voto consciente, e a matemática explicaria as pesquisas de Ibope, as porcentagens para cada candidato, os dados e as estatísticas de cada município.
Outro exemplo: Trabalhar com a questão das drogas com alunos do 6º ao 9º ano. Explicar as estatísticas com a matemática, explicar os efeitos nocivos no corpo e na mente com a biologia, explicar os problemas sociais oriundos do tráfico com a história. 
São maneiras de tratar assuntos muitas vezes considerados "tabus" e que devem necessariamente estar presente nas escolas para que os alunos aprendam da maneira certa, com as pessoas certas e não nas ruas com pessoas perigosas. E, levaria aos jovens informação e conhecimento para que seus valores, sua ética e sua cidadania sejam plenamente exercidas. 

(Disponível em http://migre.me/bv2rm)

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