A vídeo aula 15 vem nos perguntar como anda a educação especial no país? Será que está agindo efetivamente e positivamente para a formação das crianças e jovens com necessidades especiais? Qual a verdadeira realidade educacional por trás da inclusão?
Segundo o MEC, as estatísticas comprovam que o aumento das matrículas de crianças com necessidades especiais têm aumentado significativamente ao longo dos anos. Por outro lado, o tempo de permanência dessas crianças na escola de ensino regular têm sido muito pouco (cerca de 1 a 4 anos). E apenas uma minúscula parcela destes alunos chegam ao ensino médio. Se a matrícula tem aumentado, por que o tempo de permanência dessas crianças na escola regular é tão curta? Penso que a resposta é a falta de estrutura e preparo por parte das escolas, e dos profissionais da educação.
Outro dado alarmante que a vídeo aula traz é que as escolas apresentam uma documentação precária sobre seus alunos de inclusão. É difícil levantar a quantidade de alunos deficientes que passaram pela escola, e até mesmo os que frequentam a escola atualmente. As informações são escassas e desencontradas e em muitas vezes falta até mesmo o diagnóstico correto para a criança. Ou seja, a escola pode tentar ajudar mas acaba atrapalhando se não agir da maneira correta, conforme o diagnóstico. Geralmente também não há uma diferenciação dos graus de deficiência e o mais grave é que em alguns casos quem diagnostica a criança são os professores que não têm formação específica para tal. Na realidade é mais um rótulo do que um diagnóstico para que ele se exime da responsabilidade sobre essa criança.
Vemos também que muitos casos de indisciplina e falta de limites têm se confundido com deficiência intelectual - que é a deficiência predominante na escola. A escola tenta justificar o mau comportamento da criança rotulando-a a atrapalhando significativamente seu desenvolvimento. Todos esses levantamentos atrasam e danificam o processo da inclusão uma vez que não há dados específicos sobre a educação especial, não há informações precisas e objetivas sobre os casos, não há um diagnóstico especializado por profissionais competentes. Sem essas preciosas informações seria impossível instrumentalizar essa escola para receber seus alunos especiais. Não tem como investir na capacitação dos profissionais se não sabemos onde e o que devemos estudar. É preciso que a educação especial seja levada mais a sério pelas escolas e pelo sistema educacional como um todo porque o aumento da matrícula sozinho não garante que essas crianças estejam sendo bem atendidas nas escolas.
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