Existem vários fatores que influenciam a juventude, e não só os genéticos como pensávamos tempos atrás. Dizemos que a condição cultural determina mais que a genética porque a cultura é o resultado das influências econômicas, políticas, históricas e sociais da época e do local.
Principais condições históricas e discursos sobre a juventude:
* Na Grécia Antiga, eram considerados jovens até os 40 anos de idade, tempo este em que os homens deveriam se dedicar ao ócio para que entrasse na vida política com maturidade e conhecimento.
* A partir do século XVII, as estruturas das casas se transformam, fazendo com que as crianças e jovens tenham seu espaço, não fazendo mais parte do "mundo dos adultos".
* Depois das Revoluções Industriais, o jovem começa a ser visto como instrumento de trabalho e produção, nesse momento ele começa a se profissionalizar e ter uma formação voltada para o mercado de trabalho.
* Entre 1945 e 1975, no auge do capitalismo, a educação passa a ser direito universal. A economia trouxe consigo a mídia, que repassa a imagem do jovem como rebelde, drogado, roqueiro, sexualmente ativo.
* A partir da década de 60, o mundo já percebe a diversidade cultural, e descobrem assim que existem diversos tipos de jovens, e não só aquela divulgada pela mídia. Quando se fala em diversidade, infelizmente a palavra preconceito vem junto.
Hoje a mídia divulga um jovem bem sucedido, rodeado de amigos e mulheres, com altos padrões econômicos, e popular. Conceitos firmados por filmes, novelas, música. E a mídia procura falar a língua dos jovens para atraí-los e vender cada vez mais.
A tecnocultura é fator importante da juventude contemporânea, uma vez que, segundo uma pesquisa feita pela MTV, 90% dos jovens no ano de 2010 usam aparelhos eletrônicos como celular e internet. O que configura que este jovem ter diversas formas de linguagem e expressão e uma infinidade de informações que podem ser agregadas ao seu estilo de vida. Ele molda um perfil na internet e está se excluindo cada vez mais das relações pessoais. Torna-se inseguros com as pessoas, consigo próprio, e afasta-se dos encontros presenciais. Veem os adultos como seres de outro planeta, como se eles nunca irão chegar a essa idade.
É fundamental que nós como educadores entendemos esse jovem para conquistá-lo e ter um diálogo direto com ele.
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