sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Vídeo aula 8 - A construção psicológica dos valores

É possível educar em valores? SIM!
Não estaríamos falando sobre ética, de valores nem de cidadania se essa resposta fosse negativa. Não só é possível como é prioritário educar em valores.

Nessa vídeo aula, o professor Ulisses Araújo fala sobre a construção e a apropriação dos valores pela criança. E a primeira e principal colocação é que os valores são construídos por raízes e laços afetivos. Eu não vou interiorizar um valor ou um costume se eu não gostar dele, se eu não concordar com ele. Esta é a importância que se conquistar o aluno no âmbito da cidadania, dos valores, porque ele tem que ser conquistado afetivamente, e aquele valor tem que fazer sentido para o aluno. A construção e a apropriação dos valores pelos alunos se dão pela afetividade, pelo sentimento, pela atração e pela identificação.

E a projeção dos sentimentos positivos que podem culminar na construção dos valores podem se dar por:

  • Objetos (a escola como prédio físico, um carro, uma casa, etc.); 
  • Pessoas (identificação com professor, com os pais, amigos, etc.);
  • Relações (o modo como uma pessoa trata a outra, ou trata o aluno);
  • Si mesmo (sentimentos positivos por ela mesma, amor-próprio).
O processo de construção de valores começa no nosso nascimento e nos acompanha em cada dia de nossa vida. Ele não para quando nos tornamos adultos, ele continua de acordo com nossa vivência e nossa experiência. Ele pode mudar, é flexível, não é um processo definitivo porque nossos sentimentos não são definitivos, eles agem conforme caminha nossa vida. E existem também os chamados sentimentos morais (exemplo: a culpa e a vergonha) que são sentimentos reguladores das relações humanas. Esses sentimentos aparecem quando agimos contrários aos nosso valores e contrários daquilo que definimos como ético. Quando ocorre a apropriação, automaticamente colocamos alguns valores como centrais e outros como periféricos (ou secundários). Isso significa que cada valor tem um grau de importância que varia de indivíduo para indivíduo. Eu posso colocar a amizade como valor central da minha vida, mas outras pessoas podem achar a amizade um valor secundário e outras ainda podem nem achar a amizade um valor. Assim ocorre com cada valor: ganância, justiça, beleza, honestidade. Cada pessoa atribui uma importância para aquele determinado valor. E ele ainda pode variar sobre a dimensão daquele valor, por exemplo eu posso considerar a amizade um valor extremamente importante dentro da minha família, e posso achar a amizade um valor banal dentro do meu círculo profissional. Depende de como cada pessoa vai sentir, familiarizar e interiorizar aquele valor de acordo com sua vida.

E finalizando o professor Ulisses fala um pouco sobre quais valores as escolas devem ensinar. Como definir tais valores, já que eles variam de pessoa pra pessoa? Nada mais coerente do que seguirmos a Declaração Universal dos Direitos Humanos, declaração esta datada de 1789 que apesar de ter alguns princípios tão simples e básicos, ainda parece longe da realidade social.

(Disponível em http://migre.me/beBHw)

Declaração dos Direitos Humanos sintetizada e popularizada pelo Frei Beto

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