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Falar sobre a violência escolar é extremamente difícil, pois ela nos fere, nos ofende e nos deixa perplexos. Emudecemos diante dela. Mas para que seja trabalhada, transformada e diagnosticada é necessário que aprofundemos na questão exatamente para tentar desmitificá-la. É importante a postura do profissional da educação ao tratar a violência, essa pessoa não pode ter um discurso derrotista ou conformista como muitas vezes ouvimos "esse aluno não tem mais jeito / não posso fazer nada / a violência tomou conta da escola". NÃO é assim que vamos vencer a violência. Devemos ter uma postura rígida, porém estar atentos pras razões pelas quais aqueles alunos estão sendo violentos. O aluno violento também sofre, ele precisa de cuidados e acompanhamento para tentarmos descobrir o que leva ele agir violentamente.
Existem inúmeras formas de violência: verbal, física, ameças, vandalismo - e cada situação deve ser analisada especificamente. Não podemos generalizar e tratar da mesma maneira todos os tipos de violência. Cada uma teve uma razão para acontecer e a escola tem que analisar e investigar o que levou tal aluno a esse ato.
Há também um tipo de violência que começa nos entornos mas acaba entrando na escola. São geralmente ocasionadas pelo problema das drogas e do tráfico. Algumas gangues levam essa violência para dentro da escola e a comunidade escolar tem que entender que existem coisas que compete à ela, e outras não compete à ela. No caso desse tipo de violência que é devido ao tráfico de drogas a escola tem que fazer parcerias para assegurar seus alunos. Parcerias com a própria comunidade, com os moradores e com a segurança pública também. Para isso é necessária uma conexão embasada em muito diálogo e proximidade com intuito de proteger a escola.
Outro tipo de violência que acaba entrando na escola é a violência familiar, que os alunos infelizmente presenciam /ou sofrem. Aí a escola tem que procurar outros meios para que essa criança seja tratada adequadamente. Muitas vezes essa criança precisa de apoio psicológico e tratamento médico. Para tal a escola tem que acionar o Conselho Tutelar, Postos de Saúde, a própria família ou outros órgãos que ofereçam ajuda e alternativas para o problema.
E há a violência que é gerada dentro da escola, que são os conflitos entre os alunos, e entre os alunos e os professores. Não é difícil de acontecer uma vez que somos humanos e teremos mais afinidades com uns do que com outros. Porém, nós como profissionais da educação temos que acolher os alunos da mesma maneira, não podemos fazer distinção entre eles. O aluno não pode se sentir discriminado dentro da sua própria escola. Algumas escola têm conflitos com os adultos, professores, funcionários. Cabe a direção nesse caso trabalhar o valor de cooperação e espírito de equipe entre essas pessoas. Quando há uma conexão entre o corpo docente, a direção e os funcionários isso acaba chegando aos alunos de alguma forma e é uma maneira de combater a violência.
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