segunda-feira, 29 de abril de 2013

Vídeo aula 27 - A produção da identidade / diferença - a questão religiosa

A religião faz parte de todo ser humano, uns vivem plenamente, outros simplesmente não tem religião. A religião faz parte da pluralidade e da complexidade que é o ser humano, além da sua singularidade. O aspecto religioso do indivíduo pode vir da família, do lugar em que vive, da sua cultura e da sua história. O indivíduo a segue por herança ou por eleição. Como faz parte do indivíduo e é mais uma particularidade da convivência democrática, tem que ser trabalhada na escola no sentido da preservação do direito de escolha da sua religião, ou da não religião. Não podemos mais admitir discriminação e preconceito religiosos em nosso ambientes escolares, nem em nossa sociedade. Mas, as pessoas que estão a frente da escola - professores e gestores, são os primeiros que não podem representar nenhum tipo de intolerância religiosa. Infelizmente não é o que acontece quando se mora em um país predominantemente cristão, infelizmente, qualquer pessoa que escolha qualquer religião que fuja dos padrões, é vista com maus olhos e preconceito, não só na escola, mas na sociedade em geral.
Somos dotados de inteligência e percepção, e temos o direito de escolher a espiritualidade que nos faz bem. Ninguém pode impor que eu acredite em algo que não acredito, assim como eu não posso impor que não acreditem. 
Vivemos num Estado laico, que deve separar a religião dos assuntos da nação, mas vemos esse embaralhamento acontecer todos os dias no Congresso, ainda mais quando temos líderes religiosos intolerantes e preconceituosos na Comissão de Direitos Humanos, por exemplo. O Brasil tem a péssima mania de confundir conceitos e misturar assuntos que não se devem misturar. Se o Estado é laico, então por que assuntos como a união homo afetiva e o aborto são tão polêmicos? Por que a Igreja ainda tem muito poder nos assuntos políticos. 
Na escola, temos a obrigação de disseminar a intolerância religiosa e o preconceito contra as religiões que fogem do padrão. Esse é um espaço de formação de cidadãos críticos, e discursos discriminatórios devem ser recusados e evitados. Cada um acredita no que faz bem ao seu coração, e a religião não faz uma pessoa ser melhor ou pior, mas seus atos e sua postura ética é que fazem. 


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