Na aula de hoje a professora Kátia Amorim nos faz refletir se de fato a educação de pessoas com necessidades especiais é ineficaz, e até que ponto é ineficaz?
A educação por si só já é uma questão complexa, e quando tratamos de alunos especiais torna-se ainda mais complexa e delicada a questão. Vivemos um mundo cercado de paradigmas e estereótipos que devemos trabalhar para quebrá-los e assim desmitificar indagações incabíveis sobre a educação especial. Um desses paradigmas que devemos quebrar é o de que as crianças devem seguir o mesmo ritmo de aprendizagem. Cada criança tem seu próprio ritmo, independente se ela é especial ou não, e igualar a sala toda conforme um padrão é errôneo e perigoso. Devemos observar a dificuldade e a potencialidade de cada crianças especificamente. Infelizmente a escola vê a criança que não acompanha o ritmo estabelecido como "normal", como uma criança deficiente e atrasada. Mas nem sempre é o caso de uma deficiência, muitas vezes é apenas seu ritmo. E a escola deixa de ver aquela criança como uma pessoa, para enxergar apenas a sua dificuldade ou a sua deficiência.
Felizmente, a escola já conta com alguns recurso tecnológicos e profissionais que podemos enxergar como medidas amenizadoras para as crianças com deficiências sensoriais:
- Braile para crianças cegas, e amplificadores visuais para aquelas que têm sérias dificuldades visuais.
- Libras para crianças surdas e aparelhos auditivos para aquelas que têm sérias dificuldades auditivas.
- Cadeiras, mobília e computadores que auxiliam os deficientes físicos na sua rotina escolar.
Porém, as crianças que desenvolveram a deficiência intelectual ainda carecem de recursos e suportes pedagógicos para sua aprendizagem. A escola tem mais dificuldade com essa criança pois ela desenvolve a linguagem e a escrita embora seu ritmo seja completamente diferente das outras crianças.
A aula nos fala ainda sobre a Plasticidade Cerebral é uma propriedade do sistema nervoso, que permite o desenvolvimento de alterações estruturais e funcionais. É o potencial que o cérebro tem de uma recuperação funcional por causa de uma lesão, de alguma alteração do seu funcionamento. É uma capacidade adaptativa do cérebro, havendo várias teorias para explica-la. Ou seja, toda criança pode aprender independente do seu grau de deficiência e a plasticidade cerebral comprova que a criança pode sim desenvolver-se. Não podemos nunca olhar para uma criança como se fosse um caso perdido pois isso não condiz em absolutamente nada com nossa postura profissional que deve olhar para cada criança especificamente. Não podemos nunca colocar um limite para o desenvolvimento dessa criança mas devemos sempre estimular e valorizar cada passo que ela der para superar-se. O diagnóstico da deficiência da criança é importante sim, mas não pode estereotipá-la. Seu diagnóstico deve ser feito por profissionais competentes da saúde e da psicologia e devem nortear nosso trabalho com as crianças com necessidades especiais, e não taxá-las conforme sua deficiência.
Cada criança tem seu brilho, sua força e sua natureza e nós como professores devemos estimular a classe sobre inclusão social de forma que trabalharemos assim medidas contra o preconceito e discriminação por uma sociedade melhor e mais justa.
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